Então?
Tenho vindo a reparar que a afluência ao blog é praticamente nula. Ou não há temas interessantes para falar (não sei se a palavra TSUNAMI vos diz alguma coisa...) ou então o pessoal não se interessa.
Paradozxalmente - ou não - sempre que há polémica por coisas estúpidas na mailing list aparecem 1500 abutres a comentar, ávidos de quezílias. Até o dossier "Chiça...ó Liça!" foi comentado nos anfiteatros quando, aparentemente, são poucos os users deste blog. Logo, a conclusão é que o blog e a mailing list até têm audiência, mas os temas sim, não interessam.
Que querem vocês? Cusquices? Falar de matéria e de exames? Ou não querem esta porra para nada?
É pena que numa faculdade já de si sem qualquer tradição académica sustentada, nem as novas tecnologias sejam usadas. Mas pronto, é com cada um. Eu só gostava que este post tivesse alguma discussão. Porquê este espírito amorfo? Porquê o interesse em guerras de desgravadas e não na queda do governo? Porquê?
Se alguém achar que isto merece tanta atenção como os forwards da mailing list, obrigado pela atenção e comentário.
Para finalizar: Volta Liça. Estás perdoado.
3 Comments:
Não volto!
Por opção minha, não posto mais no blog. Mas posso comentar. :)
Não sabia que a discussão de alguns posts passados tinha sido assim tão comentada pelos anfiteatros.. eheh
Mas se eu postasse, postava assim:
Porque é que o governo deu mais dinheiro às vítimas do terramoto + tsunami na Ásia do que às vítimas dos incêndios florestais no nosso próprio país?
Perguntas para reflectir. Não vou responder a eventuais respostas, mas lê-las-ei com toda a certeza.
Bem... este nem sequer era um post sobre a tragédia na Ásia, a alusão pretendia apenas servir como exemplo. De qualquer modo, como até gerou discussão e, consequentemente, participação interessante no blog, dou-me por satisfeito e, já agora, mando o meu bitaite:
Um senhor australiano chamado Peter Singer, escrevia no seu último livro "Um só mundo - Ética da globalização" que, nos dias que correm, é incompreensível que, quer as nações quer os individuos que delas fazem parte, se comportem como se as suas acções se limitassem às fronteiras políticas actuais. O aumento da venda de veículos motorizados com elevado consumo de combustiveis fosseis contribui para as cheias anuais no Bangladesh.
Assim, argumentava Singer, que sentido ético/moral terá a discriminação da ajuda (quer monetária, quer de recursos humanos) com base nessas mesmas fronteiras?
Sim, podemos pensar que se todos tratarem dos seus compatriotas e dos problemas dos seus países a coisa fica resolvida na mesma.
Podemos até pensar que é muito mais difícil perceber se o nosso donativo de 1,2,10 euros para a UNICEF faz alguma coisa pelas crianças da indonésia, do que se o dermos directamente a um lar de acolhimento português, ou até ao mendigo com quem nos cruzamos diariamente.
Mas, sabendo perfeitamente que há países que não têm meios de autosuficiência, e acreditando que, pelo menos algumas ONGs são de confiança, a questão está lá.
Mais ainda se pensarmos que a miséria vivida em quase todo o hemisfério sul é de uma atrocidade brutal e sem paralelo com a que existe nos países do norte (portugal incluído).
uma estatística para a vossa reflexão:
todos os dias 100 000 pessoas morrem de fome e das consequências imediatas da fome em todo o mundo.
826 milhões estão crónica e gravemente subalimentadas
34 milhões nos países desenvolvidos da europa, EUA, Canadá e Japão.
515 na Ásia (24% da população)
186 na África Subsaariana (34% da população)
FODA-SE! Uma em cada três pessoas na África subsaariana estão CRONICA E GRAVEMENTE SUBALIMENTADAS!
1/3 dos africanos têm problemas de nutrição. Alguém, no seu perfeito juízo, consegue dizer depois disto que o Mundo funciona? Alguém consegue falar bem de uma sociedade global onde há pessoas (poucas...) com 50 carros e outras (muitas....) estão subnutridas?
Parece-vos isto razoável?
Esta MERDA não é revoltante? Esta MERDA não vos dá vontade de começar a partir móveis e a dizer palavrões? A mim dá-me.
Revoltemo-nos gente... Revoltemo-nos....
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