FML2002

O blog dos Quartanistas da Faculdade de Medicina de Lisboa

terça-feira, janeiro 25, 2005

Apelo à discussão

A vida tem estado agitada pelos lados da FML. Depois de todos os problemas que surgiram nas últimas semanas devido à nossa distribuição pelos hospitais, notei, entre muitos dos meus colegas, uma maior vontade de discutir e até tentar arranjar soluções alternativas para o estado preocupante a que chegou a nossa faculdade. Temos de admitir que por muito bem que todos conheçamos a triste realidade do nosso curso/professores/instalações, muito pouco nos esforçamos para tentar mudar o que quer que seja.

Como alguns ja sabem, tive oportunidade de conversar esta segunda feira com o prof. Fernandes e Fernandes a respeito das minhas opiniões acerca do estágio clínico, organização do curso, métodos de avaliação e o seu tão adorado tema: adesão às teóricas. Devo dizer que me deixou, como direi, algo aborrecido, o facto de não ter conseguido ripostar a uma crítica que o prof. me fez, dirigindo-se ao ano em geral: a maioria de nós reage com pura e completa indiferença ao que nos rodeia e, no que toca à faculdade, está somente interessado em passar com o mínimo de chatices e o máximo de nota.

Caros colegas, o cabrão do homem tem razão. E por menos colaborantes que os nossos profs. possam ser, enquanto tiverem este argumento pronto a disparar vão poder sempre dizer: "Então você não concorda com isto? Olhe que a maioria dos seus colegas concorda! Pelo menos nunca se queixaram."

Convenhamos que é uma merda ser-se calado assim, principalmente quando se sabe que em muitos assuntos até nem era difícil arranjar consenso entre os alunos sobre o que mudar e até como mudar.

Com isto venho propor-vos o seguinte: Passar à discussão sistemática do que consideramos serem os principais problemas do nosso ano e do nosso curso até aqui, utilizando ou o blog ou a mailing list, conforme acharem melhor, de modo a elaborarmos um texto com as nossas críticas e consequentes sugestões, que deverá ser entregue ao Prof. Afonso Fernandes (coordenador do 3º ano).

Pode não servir de muito, mas eles ficarão a saber a nossa opinião, terão oportunidade para mudar, nem que seja para os anos vindouros e, principalmente, não poderão, a partir daqui, acusar-nos de indiferença. Qualquer reivindicação terá mais força a partir do momento em que lhes dermos a conhecer as nossas críticas e sugestões e nos mostrarmos dispostos a debater com eles as melhores estratégias a seguir.

Obrigado pela atenção

Hugo Bastos