FML2002

O blog dos Quartanistas da Faculdade de Medicina de Lisboa

quarta-feira, outubro 11, 2006

Aborto

Parece que vamos ter novamente um referendo sobre a despenalização do aborto em Portugal. Como é que se pronunciam? Sim, não...talvez...criminalização sem pena?

7 Comments:

At 12:00 da manhã, Blogger Luís said...

Decididamente a favor!
Não estou muito dentro dos prazos-limite propostos, mas acho que deve ser aí que se deve discutir mais.

E poderá fazer-se uma IVG num hospital público? É que não se pode ignorar a realidade do Serviço Nacional de Saúde! Se há listas de espera de dois anos para determinadas cirurgias, como será isto no sector público?

Ou seja, ter-se-á que recorrer a instituições privadas?

 
At 9:44 da tarde, Blogger PsiTra said...

Eu também sou a favor, sem dúvida...Mas sinceramente gostaria de perceber melhor quem se diz contra: será que é só por influência católica, será que por se considerarem mais nobres eticamente?

A dúvida que colocas parece-me muito pertinente e aprece-me que será isso que irá acontecer; até porque há muitos médicos, como disse o profe de ética na última aula, que se recusam a realizar um aborto e podem fazê-lo por lei.
Se calhar estamos à beira de ver nascer mais um negócio muito lucrativo na Saúde. Veremos...

 
At 10:15 da tarde, Blogger Luís said...

Há quem seja contra o aborto sem que isso tenha alguma coisa a ver com catolicismo. Até porque (calculo eu) outras religiões o devem condenar... Portanto, à parte da questão religiosa, não deixa de ser um assunto polémico.

Sim, é uma morte. Mas também é pela saúde (biopsicossocial blá blá blá) da mãe, etc. Argumentos há-os válidos de ambas as partes; acho que acaba por ficar um bocado segundo a opinião de cada um...

 
At 12:29 da manhã, Blogger Milan Satendra said...

Hoje em dia sabe-se que são feitos abortos em condições de higiene precárias e as mulheres que o praticam estão sob a pressão da criminalização da polícia e da sociedade.
Existem mesmo medicamentos (embora apenas vendidos por receita médica, como o Misoprostol) que podem facilmente induzir um aborto. Porquê manter um panorama destes?

"Quem brinca à chuva molha-se!" dirão os pudicos. Mas o que eu penso que assusta mesmo as pessoas é a "banalização" do aborto (pelo menos é o que me assusta!). É o medo de que a partir do momento que se legalize o aborto, ele seja visto como uma "resposta a todos os problemas" para muitos jovens. E como há solução para a gravidez, engravidar deixa de ser problema e passa a ser uma coisa "tratável"! Esta é uma mentalidade que não me agrada e espero que não se desenvolva. Mas não sei se a juventude portuguesa está pronta para não se deixar levar por essa mentalidade.

A meu ver a maioria dos abortos que existem decorrem de uma pobre educação sexual.
Porque não tornar mais fácil o acesso aos métodos anticoncepcionais e dar aos jovens o conhecimento de como evitar uma gravidez?
No meu mundo ideal, se toda a gente fosse instruída nesse sentido, na altura certa, o aborto seria algo quase desnecessário!
A gravidez indesejada seria praticamente obsoleta (tornando o recurso ao aborto apenas excepcional).

No fim disto tudo, sim, sou a favor da despenalização do aborto. Mas sou muito mais a favor da educação e a da correcta promoção da sexualidade aos jovens.

Mensagem final do meu texto: Acabem com a gravidez indesejada, esse sim, é o problema!

 
At 1:25 da tarde, Blogger PsiTra said...

Deus nos livre de mundos ideais e perfeitos!

Acho que ninguém faz um aborto ou encara o aborto como um "método anticoncepcional". Acho que só quem passou pela situação percebe realmente como é algo que "mexe" muito com o emocional e que não é uma decisão fácil de tomar (cujos efeitos se prolongam na consciência muito tempo depois). Penso que seja assim para a grande maioria das pessoas.

Quanto a educação sexual, acho que é coisa que abunda hoje em dia, principalmente nos meios mais urbanizados. O que não abunda mesmo é tolerância e liberdade sexual...

 
At 1:34 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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At 9:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Eu sou contra. Eu percebo todos os problemas relacionados com a mulher e dificuldades, segregação económica e todos os argumentos a favor, mas para mim um aborto é infanticídio e não é por uma pessoa ainda não ter nascido que não tem direito À vida. Essa é a base fundamental e não à volta a dar nem com todos os argumentos do mundo. Ninguém tem o direito de matar outra pessoa porque não dá jeito às mães tÊ-los agora nem por comodismo das mesmas. Cada um tem de assumir as responsabilidades e consequÊncias dos seus actos por muito difíceis que sejam as dificuldades que se avizinham. O aborto não é um direito, numa coisa concordo com o Alberto João Jardim, é anticonstitucional e não é porque passou ser legal neste país que deve ser passado a ver como uma decisão perfeitamente legitima.
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