FML2002

O blog dos Quartanistas da Faculdade de Medicina de Lisboa

sexta-feira, maio 05, 2006

Já estou a ver que se não for para falar de política ninguém liga muito a este blog. Vamos ver se isto "mexe" alguma coisa...


A revista Forbes divulgou recentemente a lista dos governantes mais ricos do mundo e em 7º lugar do ranking, a seguir aos xeiques do petróleo e do playboy do príncipe Alberto, quem aparece? Fidel Castro (que mantém que não possui um cêntimo)!
É bom saber que o comunismo faz bem a alguém...

(Dá vontade de rir mas não tem graça nenhuma)

Forbes

108 Comments:

At 2:16 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

De facto, conseguiste: vais animar o blog.
O teu post é tão "simplista" (e aqui fui mesmo simpático) que nem sei por onde começar. Assim, de repente, vou só arriscar que TALVEZ a Forbes seja uma revista capitalista. Mas só TALVEZ. E TALVEZ esteja a mando de uns tantos capitalistas a quem interessa descredibilizar esse regime monstruoso onde - cruzes, credo, canhoto! - se comem criancinhas (com direito à educação, saúde e todos os etc, de borla).
A questão é que o teu post é de um anti-comunsimo primário que só vai fazer com que a ala de esquerda se manifeste por tu seres anti-comunista (como eu o estou a fazer). Não te dás ao trabalho de de sequer discutir as raízes, as diferenças e o bom e o mau do comunismo. Não, para ti comunismo é a Forbes (os gajos mais isentos à face do planeta) dizer que o Fidel é o 7º homem mais rico do Mundo.
Mas pronto, parabéns. Conseguiste animar o blog. Tenho é pena que tenha sido com um post... simplista (lamento a repetição), bacoco e cheio de ideias que parecem carimbadas por um avô salazarista.
Caro Pedro, cito o Hugo neste mesmo blog, há uns tempos atrás e desfaço-te um dúvida: se te disseram que em comunismo tens que partilhar a tua mulher... enganaram-te. Um abraço

 
At 2:28 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Lamento o segundo comentário consecutivo, mas só o título do artigo faz-me rir, e, ao contrário do que escreves, tem mesmo graça:
"Fortunes Of Kings, Queens And Dictators" Note-se esta admirável distinção entre reis e ditadores. Um ditador é um gajo mau - tipo Fidel, concerteza - com barbas e ar de militar. Provavelmente nem deve tomar banho e vem de más famílias. Um rei não. Um rei não é um ditador. É um gajo simpático que chegou lá cheio de mérito. E vestem-se bem, ainda por cima.
Note-se que eu não gosto de ditadores. Mas também não gosto de reis. Acho piada é a distinção entre as duas espécies. A Forbes, no alto da sua isenção, quando tem que juntar estas duas espécies, chama-lhes "rulers". Mas no entanto, no título, há uma simpática distinção. Isto para que o leitor mais distraído - como é o meu caso - não se deixe enganar por estas pequenas subtilezas.
Deixo-vos com este site, absolutamente delicioso: http://www.princeofwales.gov.uk/sitemap.html

 
At 9:32 da tarde, Blogger PsiTra said...

Lol não me enganei afinal...o ppl gosta mesmo é de política. É giro, sempre se estimula o cérebro a criar mais umas sinapses; mas para além disso pouco sumo sai desta laranja (epah foi sem querer!), a não ser se calhar diagnosticar umas crises de egotite (crónica) num ou outro "activista". O que acho mais engraçado é quando algumas pessoas lêem algumas coisas e ficam logo a achar que são donos da verdade, ou que são os únicos que possuem todos os "factos". Espero que não seja o caso, até porque se a atitude for quem não é comunista é porque não sabe nada sobre comunismo, capitalismo ou não sabe pensar nem me vou dar ao trabalho de responder! Eu quase nem escrevi nada e já depreendeste que sou contra tudo o que é comunista, monárquico e burro. És um fenómeno!
Se não for este o caso, acho interessante (e peço desculpa pela linguagem).
Não vou falar sobre o Marxismo-Leninismo (que sim sou contra, aliás como qualquer ideologia que leva ao poder instituições dogmáticas!). Nem ponho as mãos no fogo por qualquer político ou afirmo completa idoneidade de qualquer instituição (aliás se há instituição que é idónea é a SEC nos EUA e por razões puramente práticas!).
Mas claro que deves ter acesso a literatura ET que não é afectada pelas nossas falhas humanas. E claro que o "fidel" em 50 anos de poder (pessoal!) está cada vez mais santo (epah o comunismo não é dogmático, não posso usar estas palavras!).

Não gosto muito de política, admito, mas tento não me limitar por definições abstractas como esquerda ou direita. Aliás uma das razões porque as assembleias são semi-circulares é para a extrema-esquerda não ter de se sentar ao lado da extrema-direita (ou vice-versa)!

Se calhar se tu (e outros) soubessem ter mais respeito pelos interlocutores, e principalmente tolerantes haveria mais pessoas a mandar umas postas no blogue.
Não queiras pôr o mundo só como tu queres e ditar a felicidade dos outros! Os simplistas (gostei do elogio, pensava que era um gajo muito complicado) se calhar também têm algumas ideias mais-ou-menos (ou pelo menos podem não querer viver no teu mundo perfeito - só para ti!).
Fica o desafio...

P.S:a origem do "sucesso" do comunismo? Talvez o patrocínio de um Kaiser a um russo de boina que queria destronar o seu inimigo Czar...

 
At 9:46 da tarde, Blogger PsiTra said...

P.S.2:porque é que não testas a tua teoria? Porque não vais viver uns tempos em Cuba, que é tão bom e ver como é o paraíso na terra (que só não é mais devido ao bloqueio económico)?
Melhor:chegas ao pé do "fidel" com a tua (compraste?) mulher e dizes "não partilho, não partilho"!

 
At 12:06 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Claro, nós somos todos muito maus e pouco tolerantes. Tu dizes que o Fidel é o 7º "Rei, Rainha ou Ditador" mais rico do mundo e remtatas com "É bom saber que o comunismo faz bem a alguém...".
Isto é ou não é uma maneira de dizer que "o comunismo" (e repara como usaste o artigo definido. Portanto, ou foi só uma gralha de carregar na tecla errada (acontece) ou foi uma coisa que afinal não transmitiste bem (também acontece) ou então a ideia que querias passar é que o comunismo é uma coisa muito má em que toda a gente vive mal menos o "Rei, Rainha ou Ditador" (e, desculpqa qualquer coisinha, assumi que fosse esta - e agora que escreves )?
"Eu quase nem escrevi nada e já depreendeste que sou contra tudo o que é comunista, monárquico e burro." - Erro. Eu depreendi que eras anti-comunista. Deixei em aberto a hipótese de gostares de Reis e Rainhas (até porque segundo a Forbes estes são diferentes dos "Ditadores") e até acertei porque tu escreveste: "Não vou falar sobre o Marxismo-Leninismo (que sim sou contra, aliás como qualquer ideologia que leva ao poder instituições dogmáticas!). ", portanto se calhar até sou vidente, porque com o pouco que escreveste cheguei lá.
"Egotite (Crónica)" - Boca também muito típica. Não sou dono da verdade, mas dado que segundo o teu post(que - como tu o admitiste - pretende criar uma discussão política) comunismo é pintado como uma coisa má, horrível, que nem um Rei tem, e que o fizeste de uma maneira tão "simplista" - mantenho o adjectivo porque podias pegar em mil coisas e foste para uma inacreditável - limitei-me a escrever que comunismo não é isso (desculpa lá esta teimosia, esqueci-me de tomar os AINEs) e, sim, fi-lo de uma maneira agressiva.
Peço-te desculpa se a agressividade te magoa e te ofende. E estou mesmo a a pedir desculpa sinceramente. Se achas que é este o facto que tira as pessoas do blog, tenho-te também a dizer que discordo (um AINE...Eu só queria um AINE...) e que acho que é mesmo por amotivação. Este blog só funciona à base de pessoal a discutir. E eu nem sequer acho isso uma coisa má, eu gosto de discutir. Se as pessoas quisessem postar sobre livros, música, teatro, futebol, seriam assuntos que provavelmente não dariam discussão. Mas ninguém o faz. Portanto, escusas de meter as culpas nos "activistas" (foi uma ironia um tanto ou quanto gasta. Mas deixa lá, precisas de mais para ferir a minha susceptibilidade.).
"Não gosto muito de política, admito, mas tento não me limitar por definições abstractas como esquerda ou direita. Aliás uma das razões porque as assembleias são semi-circulares é para a extrema-esquerda não ter de se sentar ao lado da extrema-direita (ou vice-versa)!" Um gajo que escreve sobre política para picar o blog e que nem gosta muito... És um altruísta, Pedro. Não era preciso esse sacrifício. É que assim dá a ideia que tu és uma pessoa conflituosa e que gosta de discussões.
"(ou pelo menos podem não querer viver no teu mundo perfeito - só para ti!)." - Eu nem sequer tenho a minha sociedade perfeita bem delimitada, portanto também podia vir com aquelas bocas quase, quase sarcásticas e chamar-te "Fenómeno". Tu atacaste simplsitica e bacocamente a ideologia comunista. E eu expliquei-te que comunismo não é o Fidel estar em 7º no ranking da Forbes. Já te pedi desculpa por tê-lo feito de maneira tão agressiva. Peço-te outra vez, porque não quero estragar o blog por causa da minha doença ("egotite" - diagnosticou o nosso brilhante colega).
"Mas claro que deves ter acesso a literatura ET que não é afectada pelas nossas falhas humanas. E claro que o "fidel" em 50 anos de poder (pessoal!) está cada vez mais santo (epah o comunismo não é dogmático, não posso usar estas palavras!)." - Uma coisa é uma falha humana, acontece. Outra é a Forbes que, desculpa lá o meu cepticismo, deve ser dominado por um ou outro grupo empresarial. A seguir ainda me apresentas relatórios da administração Bush. Quanto ao Fidel: como é que sabes que eu sou ou não Castrista? Eu só defendi que comunismo não era aquilo. Podia, novamente, começar com "és um fenómeno", tens "egotite", queres impor-te, etc. Mas não. Vou-te só dizer para veres o documentário "El Comandante", do Oliver Stone. É um documentário de 3 horas, que reúne e dias de entrevista do Oliver Stone ao Fidel. Stone deu a Fidel a hipótese de cortar o que quisesse, de não responder ao que quisesse, tudo. Fidel nunca se cortou e respondeu a tudo. Estranhamente, esse documentário não foi aceite por nenhuma produtora do mundo ocidental (o que é completamente diferente de censura...). Se tiveres oportunidade, saca-o da net e vê.
"P.S.2:porque é que não testas a tua teoria? Porque não vais viver uns tempos em Cuba, que é tão bom e ver como é o paraíso na terra (que só não é mais devido ao bloqueio económico)?" - Além da ironia barata - quase de borla - a pergunta é um tanto ou quanto parva. Tu achas que eu sou assim tão "activista" que escolha o país em que quero viver segundo a sua corrente política? E até te podia dar a volta e responder ao contrário: prefiro ficar a tentar mudas as coisas no meu país.
"Melhor:chegas ao pé do "fidel" com a tua (compraste?) mulher e dizes "não partilho, não partilho"! " - E este é o remate perfeito. Fidel segue com aspas, o que é uma ironia desta vez tão cara que não chego lá, "Pedro".
E entendeste mal (ou então sou eu que não chego à tua ironia, o que também pode estar a acontecer), mas eu estava a BRINCAR com o facto de toda a gente ter um medo tal de comunismo que parece que até temos que trocar tudo (e aqui escolhi um exemplo EXAGERADO, que era trocar mulheres, como se 1. tivessemos posse material sobre elas e 2. isso fosse mesmo possível. Era a BRINCAR, "Pedro".)
Este PS2 estava mesmo a fazer-me comichão. Achei que um altruísta como tu não podia ter escrito isto. Mas depois carreguei no teu nome e li o "About me". Achei que esta era a parte do "insólito".
Abraço

 
At 1:16 da tarde, Blogger PsiTra said...

Lol...gostei desta resposta e não estou a ser irónico. Bem mais do que as primeiras; e faço mea culpa, a posta inicial foi mais para picar, queria ver se o pessoal só respondia a assuntos políticos, afinal tinha postado 3 vezes sem resposta alguma, mas também admito que os temas possam não interessar.
Mas sim, outra das razões por ter escolhido esse tema é falar dos vícios e contradições das ditaduras (prefiro não falar aqui das diferenças entre modelos económicos pois é uma discussão complexa e pela minha experiência a maioria do pessoal deixa-se levar pelas emoções a analisar o tema).
Eu sou contra ditaduras!
Agora claro que este é um tema também complexo (pode-se facilmente argumentar que a democracia é a ditadura da maioria), mas vou cingir-me à definição mais "simples" (lol), a de poder centralizado num indivíduo (ou líder absoluto de uma instituição rígida que detém todo o poder), que não varia também muito de despotismo.
E quero também dizer que gosto também muito de certos desenvolvimentos que derivaram das ideologias socialistas, como a anarquia (entendida não como a falta de governo mas por este não ser já necessário dada a aparente idoneidade e domínio tecnológico humano nessas hipotéticas sociedades). Aliás se formos a ver bem essas noções datam de bem antes de Marx, antes até da revolução francesa.
Se acho concretizável a anarquia? Não e muitos menos a sociedade socialista de Marx.
Mas nem é isso que está aqui em causa, mas sim o que o tal russo da boina (treinado como agitador político na Alemanha do início do séc.XX) fez, ao pegar na teoria de Marx e definir-lhe um caminho - a chamada "ditadura do proletariado" - um eufemismo para o despotismo do partido único controlado por um único indivíduo (e esta é a orientação política de Fidel, por isso a escolha do tema).

Agora também não percebo uma coisa: a Forbes é uma revista capitalista, não se pode confiar em nada do que lá está mas as palavras do Fidel no documentário são? Não percebo a dualidade de critérios...
Será que achas mesmo que não é verdade que Fidel abusa do seu poder (e nem falo de liberdades cívicas)? Mesmo que seja falso que ele desvia fundos para contas particulares (e há provas disso), ele nem sequer precisa disso pois usufrui de luxos incríveis que supostamente são do estado mas que na prática são para seu uso exclusivo!

Mas também tocaste um bom ponto com as monarquias europeias que usufruem dos mesmos luxos inacreditáveis pagos pelo seu povo. Mas aqui é uma questão de perspectiva, pois a mim parece-me que os ingleses até gostam disso. E essa maioria de opinião pode ser medida por sondagens de opinião (pelo menos algumas devem ser mais ou menos fiáveis não? - ou só o que está certo é a propaganda?).

Continuo a manter a pergunta:porque não vives uns tempos em Cuba? Seguramente um macho como tu, que não tem susceptibilidade para nada conseguia encarar de frente a realidade! Depois podias voltar a Portugal para mudar as coisas (se ainda pensasses da mesma maneira).
Claro que vias serviços do estado gratuitos - mas olha até podias antes de ir fazer uma paragem nas monarquias da Suécia e Inglaterra e verificar o tipo de assistência social que existe nesses países CAPITALISTAS - palavra feia, que também come criancinhas!).

P.S: Estou a gostar da dialéctica mas infelizmente não sou tão "macho" como tu por isso se o tom da discussão se mantiver um pouco abaixo do "explosivo" acho fixe.

 
At 1:34 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Não toco em nada do teu post (até gostei da referência à anarquia) até aqui:

"Agora também não percebo uma coisa: a Forbes é uma revista capitalista, não se pode confiar em nada do que lá está mas as palavras do Fidel no documentário são? Não percebo a dualidade de critérios..."
O Oliver Stone é um gajo imparcial, e fez perguntas imparciais. Comparas as respostas do Fidel com as coisas que as Forbes e afins escrevem e tiras as tuas conclusões, foi o que eu sugeri. (e até sublinhei que ele deu a liberade ao Fidel de cortar qualquer coisa ou de não responder a alguma pergunta, direito do qual o Fidel nunca usufruiu. Penso que isto é um critério de imparcialidade.)
"Continuo a manter a pergunta:porque não vives uns tempos em Cuba? Seguramente um macho como tu, que não tem susceptibilidade para nada conseguia encarar de frente a realidade! Depois podias voltar a Portugal para mudar as coisas (se ainda pensasses da mesma maneira).
Claro que vias serviços do estado gratuitos - mas olha até podias antes de ir fazer uma paragem nas monarquias da Suécia e Inglaterra e verificar o tipo de assistência social que existe nesses países CAPITALISTAS - palavra feia, que também come criancinhas!)." -
Por acaso tive sorte em me mandares para a Suécia. Podias sempre mandar-me para as fábricas da Nokia na Indonésia (de onde vem muito do capital que permite essa assitência social). Vá lá, tive sorte. Tu tens noção que para o capitalismo (que é uma coisa que tu não defendes, suponho eu, mas que só para chatear vens tentar motsrar a parte boa...) permitir que o Mundo inteiro vivesse como a Suécia tinham que existir para aí mais 4 continentes tipo África?
Quanto a Cuba: admito que estou demasiado preso às coisas de cá para ir para para Cuba. Mas gostava de lá passar, sim. Depois conto-te se lá for. Quanto a ser lá médico, até me parece desnecessário porque eles têm dos melhores índices de saúde mundiais. Mas claro que isto é sair naif: o que tu estás a sugerir é que lá se vive mal e que se eu lá fosse nunca mais queria saber do comunismo para nada. Pois, o meu nível de vida baixava de uma maneira brutal. Mas isso é porque eu tive a sorte de ter os pais que tenho. Se meteres lá um dos putos que morre de malária em cada minuto, se calhar aquilo é o paraíso (mesmo com o embargo). Dado que há mais miúdos desses do que sortudos como eu, aquilo até pode não ser assim tão mau...
"P.S: Estou a gostar da dialéctica mas infelizmente não sou tão "macho" como tu por isso se o tom da discussão se mantiver um pouco abaixo do "explosivo" acho fixe. " - Não percebi essa do "macho". Para já, confesso o meu preconceito, é uma palavra da qual não gosto porque associo logo a machismo. E depois porque não vejo qualquer associação com a dialéctica de até agora. Sem qualquer ironia: ao sugerir que tinhas um limiar de susceptibilidade menor que o meu não queria por em causa a tua sexualidade. Nem acho que sejas "melhor" ou "pior" do que eu por isso. Lamento novamente se te sentiste atacado. Ou então estamos outra vez nos domínios do "insólito".
Vamos manter isto num tom menos "explosivo", então. Espero que este post tenha sido do teu agrado.
Com os melhores cumprimentos, Manel.

 
At 2:01 da tarde, Blogger António said...

MEU DEus!!!(no sentido de espanto e estupfação!)

Se o Fidel é rico ou nao nao sei, mas qu eja deve ter comida umas mulatinhas muito boas , disso nao dúvido!

E nisso está melhor qu eos presidentes dos EUA...(chiça, a broch###era gordinha, mas até dava tusa!)

 
At 5:03 da tarde, Blogger PsiTra said...

Lolol...tou a ver que não dá para manter só um tema. Para fugir ao facto de Cuba ser uma ditadura despótica atira-se o argumento "económico" (e é sempre África e não a exploração humana que está a permitir à China tomar a dianteira mundial), mas pronto partindo do princípio que este está arrumado, passemos aos próximos:

1)não há ninguém imparcial! Isso implica não ser humano, não ter emoções, fazer escolhas. Para além do mais, a maior crítica aos EUA vem...dos americanos, como Oliver Stone, que gostas tanto de citar!
O artigo da Forbes cita a maneira como fizeram a contabilidade dos activos de Castro (e de muitos outros) e realça o facto de não se conseguir fazer estimativa correcta devido dificuldade de destrinçar os bens pessoais dos bens estatais (que era o tema) - isto não é um critério de imparcialidade?

2)Eu defendo um capitalismo preocupado socialmente! E sim gosto da Suécia, é um exemplo a meu ver a seguir; ou a Finlândia que a nível de investigação e desenvolvimento consegue estar a par da Índia e China no TOPO mundial (EUA e Europa estão para trás!) - dados da OCDE (epá uma organização capitalista a dizer bem dos comunistas hein? Ainda por cima orientais!).

3)O argumento de África é falacioso!
Aqui está algo que escrevi sobre isso:
"O que acontece é que devido à dinâmica dos mercados vão sempre existir períodos (correcções económicas) em que certas economias vão crescer menos do que outras, por razões de competitividade e de concorrência. Isto é algo que é esperado e é inevitável e que serve para remover os concorrentes ineficientes e dar lugar aos emergentes mais competitivos, dando lugar a um novo ciclo ascendente (em que é possível que todas as economias cresçam, também por um período limitado). Imagina que todos os países começavam do zero, com os mesmos recursos. Os melhor organizados e mais produtivos acabavam por ganhar vantagem sobre os outros até que eles conseguissem ganhar uma vantagem competitiva (e isto vai ser sempre assim, pois os estados têm que competir, mesmo que se tente criar artificialmente um mercado auto-subsistente como na URSS e que falhou redondamente). O problema é que os países africanos e outros do 3ºmundo apareceram quando os outros já tinham uma grande vantagem e é muito difícil dar a volta (a tendência é para se agravar o fosso). E a guerra entre o comunismo e as democracias ocidentais (não o capitalismo) e principalmente a fuga de recursos humanos qualificados após as descolonizações mal feitas só agravou a situação!
Portanto a solução passa por dar alguma vantagem competitiva a África e em teoria eles teriam-na devido aos recursos naturais; o problema é que os mecanismos reguladores internacionais ainda são ineficazes e facilmente manipuláveis pelos poderosos que pervertem o sistema (mas isto é uma questão de política e não é de certo um crime de que os países comunistas possam lavar as mãos)."

 
At 5:04 da tarde, Blogger PsiTra said...

Lol bem visto Tó! Cuba também tem outros encantos menos...políticos. ;)

 
At 11:59 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Queres discutir Cuba como regime despótico? Devias ver o documentário que te disse. Cuba despótica: portanto estamos a falar de um país que está praticamente em guerra, que sofre todas as pressões e mais algumas para não ter o regime que tem. Eu, sinceramente, prefiro que o Fidel se mantenha no poder 40 anos, a que aquilo se venda ao capitalismo. Dado que eu não concordo com esta democracia, em que há uma ditadura não de uma maioria, mas da minoria que detém os meios de produção e o poder dos media, prefiro que o despotismo seja o do Fidel. Claro que vais atacar-me como anti-democrático e quase fascista. Contra-argumento desde já, dizendo-te que gostava que Cuba pudesse ter eleições livres e tudo o mais. Mas dado que à mínima abertura, o regime cubano cai e aparece esta hipocrisia mascarada de democracia, prefiro o que lá está.
Quanto à China: preocupaste-me. Se achas que a China é comunista, tens uma ideia errada de comunismo. Aliás, a China é um caso giro nos media porque é comunista quando se fala da exploração das massas, mas é um exemplo a seguir nas suas políticas neo -liberais que dão desenvolvimento. A China não tem nada de marxista.
Imparcialidade? É um facto que o Stone não conseguiu vender aquilo a nenhuma produtora. Facto, facto, facto. Isso já mostra que aquilo é uma coisa perigosa.
"Eu defendo um capitalismo preocupado socialmente! " - ou a outra versão do "sou de direita economicamente e de esquerda socialmente". "Pedro": repito aquilo que não entendeste há bocado. África não é uma falácia. São África e a escravidão que existe nas fábricas da Indonésia que permitem essas coisas boas na Suécia e na Finlândia. E tens que entender o regime capitalista como uma coisa global que inclui os países africanos e até os explorados dos países desenvolvidos! Se não meteres na estatística da Finlândia o PIB dos putos de 5 anos pagos a um prato de arroz na Nokia aquilo é uma maravilha.
Quanto aos teus pensamentos sobre a falácia africana: discordo. Os estados NÃO TÊM DE COMPETIR. A URSS foi um falhanço, mas isso não é argumento porque:
1. Parte do princípio que se o comunismo nunca existiu nunca existirá o que é muito discutível (no mínimo).
2. Pressupõe que como o comunismo foi sempre mau, o que está bem é este capitalismo que (melhor ou pior) funciona. Errado. Esta merda funciona mesmo mal. Há gente a morrer à fome. A tua competição faz com que se enterrem alimentos quando gente morre à fome e faz com que os beneméritos detentores dos meios de produção sejam reis (nunca ditadores vestidos de militares). A tua competição faz com que "o sentido da vida" ocidental seja sermos formiguinhas preocupadas com darmos o nosso contributo para um desenvolvimento económico absurdo e exagerado. Aconselho-te "O Direito à Preguiça" de Paul la Fargue.

Cumprimentos

 
At 1:36 da manhã, Blogger PsiTra said...

Eu é que fico preocupado quando vejo jovens inteligentes mas ingénuos (lolol) defenderem ideologias completamente desadequadas aos dias de hoje (e de ontem!). Em vez de se discutir e evoluir o comunismo não:o único comunismo é o Marxista-Leninista ou que tem que seguir o que está escrito no "Capital".Eu também considero que a China não tem a maioria da ortodoxia comunista, mas alguma coisa devem estar a fazer bem para terem crescimentos médios de 10% durante os últimos 25 anos e fazerem tremer os "donos do mundo"!
Em relação à teoria da conspiração...não consumo! Até porque seguindo a mesma linha de raciocínio o Stone foi pago pelo Fidel para dar a ideia que o que foi dito é "a verdade" - se ninguém comprou aquilo deve conter montes de mistérios, os homens de negro andam aí... Acho que isso não nos leva a lado nenhum para tornar as coisas mais claras.
Agora é claro que sempre houve uma campanha anti-Cuba por parte dos EUA e que só difere da anti-"ocidente" na antiga URSS na medida em que nesta última não era preciso implementá-la:as pessoas só tinham a propaganda para se basearem. Nem os beatles tinham ouvido antes de 1989!
Todos os teus argumentos podem ser voltados de volta a ti.
Muita da tua crítica baseia-se nas ineficiências do sistema, que não percebo porque pões à partida que não pode nunca funcionar bem (é a mesma injustiça de que te queixas quando se fala de comunismo).
Dizes " à mínima abertura, o regime cubano cai e aparece esta hipocrisia mascarada de democracia, prefiro o que lá está." - em primeiro lugar, e é muito comum, confundes democracia com capitalismo que é um sistema puramente económico (ao contrário do comunismo). Em segundo que outra democracia propões? Na de Péricles as mulheres não votavam nem os escravos, mas era directa...O que me parece é que tu também usas o argumento que criticas: a democracia era bom mas não funciona! Portanto a única alternativa boa é a ditadura. Gostava que te definisses claramente neste ponto. Para ti o que funciona é uma ditadura?
Em relação ao campo político reservo-me o direito de definir isso por mim (não mandas em mim - pelo menos enquanto isto for uma democracia corrupta, doente e opressora :P
Como é óbvio, sou sensível aos problemas de África mas na minha opinião o comunismo não é solução. Até porque as relações entre estados (mesmo os comunistas) são capitalistas! De uma forma ou de outra capitaliza-se lucro de investimentos (que podem ser monetários ou políticos ou ambos).

Agora estamos a chegar às utopias...os estados não têm de competir - claro vai haver um momento de magia (ou pior um salvador) em que os homens se vão tornar altruístas e sacrificar-se em prol dos outros com quem nao têm afinidade nenhuma. Entramos no capítulo do...céu comunista e mitos da salvação!
Um exemplo simples: a maioria dos rios Portugueses tem origem em Espanha. Se ambos países fossem comunistas e no caso (não improvável!) de haver grande escassez de àgua, é claro que os nossos irmãos deixavam escorrer o precioso líquido para o nosso lado da raya e morriam eles à sede!
Os recursos são limitados e enquanto assim forem os estados TÊM que competir!

"A tua competição faz com que "o sentido da vida" ocidental seja sermos formiguinhas preocupadas com darmos o nosso contributo para um desenvolvimento económico absurdo e exagerado." - epá aqui não podias ser mais injusto! Nunca pretendi afirmar o sentido da vida para ninguém. Aliás para mim a vida nem tem sentido nenhum, nenhuma direcção definida, ninguém a quem prestar vassalagem; só se escolhermos que tenha!
Aliás essa é outra das coisas que não gosto no comunismo - a de definir o sentido da vida no caminhar para a salvação (oops)...para um estado organizado, em que todos os homens são iguais, e o Estado consegue gerir sozinho e eficientemente todos os riscos económicos e sociais desta vida maluca! Para a mim a vida não é isso! Se vivesse na China de Mao (este já é dos bons, dos duros não?) e fosse um monge budista não podia passar a vida sossegado no meu mosteiro e a viver de uma agricultura de subsistência. Não, tinha que abandonar aquilo e juntar-me à comuna para produzir em massa aço e cereais para exportar. Foi um "grande salto em frente" do caraças! (a maior fome da história da Humanidade!).
Sobre o absurdo, não sei se leste: "o mito de Sísifo" do Camus.

P.S: eu já parei de pôr fidel entre aspas, mas se quiseres podes continuar a pôr o meu nome dessa forma, sempre me rio um bocado.
Estou a gostar de discutir contigo, quanto mais não seja por eu também usar muitas vezes a ironia e se perceber como o seu exagero pode ficar caricato e levar à dispersão.

 
At 9:52 da manhã, Blogger António said...

Cuba não tem comunismo. Tem Castrismo!

Eu não sou imune a charme do Fidel. A força dos ditadores, e dos radicais em geral, é muito mais atraente que o "caminho do meio" feito de maior tolerância á diferença, de qualquer democracia.

Ainda mais que este ditador se acrescenta o charme do pequeno David contra o Golias...

E tb sei que não se deve comparar Cuba com os EUA. Ou com a Europa. E sim com o que tem a volta. E feita acomparação dessa forma até nem está mal.

MAS,

Que a democracia europeia é muito melhor que o castrismo nao tenho duvidas.

MAS,

Que o Fidel é um ditador que cujo o tempo em que foi positivo já lá vai...disso nao tenho duvidas. (Até o Salazar foi bom nos primeiros 20 anos...depois só soube fazer o mesmo qu equalquer ditador: perpetuar-se asi, e ao regime que o sustém)

E,

que não há qu eter nem propagar sentimentos de culpa por ser mais rico disos também não tenho dúvidas.

E a Africa que se f###. Já está na hora de deixar-mos de ser "papás" do pretinho. Eles já são independentes ha muito tempo e têm a obrigação de saber governar a suas vidas sem que nós os tratemos com condescêndência. Aliás, nem nós levamos para lá o racismo, nem eles são menos racistas que nós.

 
At 4:14 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Olha, desta vez, como temos teste de cirurgia amanhã, não me vou dar ao trabalho de pegar em tudo o que escreves.
Vou-te explicar uma coisa: o capitalismo não pode funcionar porque parte do príncipio que uns têm menos do que outros. Como isto faz com que os filhos dos que têm menos tenham menos oportunidades do que os outros e eu não acredito em deus nem em nada que ponha culpas no miúdo que só teve o azar de nascer, eu acho que é injusto e logo NÃO PODE FUNCIONAR (no sentido de não pode funcionar justamente). Se quiseres faço-te um outro esquema:
Nasces e és um gajo pobre. Tens uma oportunidade em mil de vires a ser rico (e já estou a ser simpático. Muito mesmo.). Dado que não acho justo sacrificars 999 pobres (mantendo a simpatia) para criares um rico, acho que isto NÃO PODE FUNCIONAR.

Vou parar só para esta pérola: "Agora é claro que sempre houve uma campanha anti-Cuba por parte dos EUA e que só difere da anti-"ocidente" na antiga URSS na medida em que nesta última não era preciso implementá-la:as pessoas só tinham a propaganda para se basearem. Nem os beatles tinham ouvido antes de 1989!" ISto é um absurdo e mentira. Eu vi vinis dos Rolling Stones em cirílico impressos pelo Ministério da Cultura da antiga URSS. Portanto, não podes voltar esse argumento contra mim.
"Aliás essa é outra das coisas que não gosto no comunismo - a de definir o sentido da vida no caminhar para a salvação (oops)...para um estado organizado, em que todos os homens são iguais, e o Estado consegue gerir sozinho e eficientemente todos os riscos económicos e sociais desta vida maluca!" - Claro. O capital dá-te uma liberdade do caraças. A liberdade dos 400 euros por mês.
Vou-te explicar: para mim só és livre se fores igual. Porque se alguém tiver mais recursos, vai ter mais riqueza e (sendo mais concreto) pode usar o seu poder para influenciar os outros. Óbvio que o comunismo também cai nisto se houver gajos corruptos no poder. Mas essa não é a discussão em causa. Eu não acredito no capital mesmo sem corrupção.
Como não tenho mais tempo, despeço-me por agora.
Tenho-te só a dizer uma ou duas coisas: acho brutal - no mínimo - que inicies a discussão a atacar (o post era para provocar), que te vitimizes quando te atacamos (que era o que tu querias!) e que agora ainda tenhas tentativas de humor como a dos "jovens ingénuos". E ainda tenhas tido a lata de fazer piadinhas com "egotite".
A tua ironia - que tu sentiste necessidade de sublinhar (tipo: "oh, ele não reparou")! - meu caro, está patente na tua boca altamente sofisticada dos encantos menos políticos de Cuba.
Cumprimentos pouco explosivos.

 
At 6:19 da tarde, Blogger PsiTra said...

Uma vez que não respondeste a nada e só consegues esboçar argumentos puramente emocionais (realmente a parte dos beatles era o mais importante de tudo - devo lembrar-te que a URSS só acabou em 92 mas também não penso que este pormenor seja importante) e te ultraja verificares que há mais no mundo que a tua elitezinha pseudo-intelectual, vou aguardar que passe o teste de cirurgia para poderes trazer a artilharia pesada, os grandes argumentos e não apenas a crença no credo comunista.
Que Marx te acompanhe! (mais uma piadinha sem piada, não aprendo).

P.S: "que te vitimizes quando te atacamos" - afinal quantas pessoas é que estavam "aí"? Não me digas que tiveste de chamar reforços...lololol

Enfim...gostei da maioria do que escreveste. Por mim não há ressentimentos.

Um abraço,

"Pedro"

 
At 7:18 da tarde, Blogger Unknown said...

"Óbvio que o comunismo também cai nisto se houver gajos corruptos no poder" - descubra-se alguém que não seja, inicie-se a marcha...

 
At 7:19 da tarde, Blogger Unknown said...

Ah, é verdade: esta nem é a parte mais difícil...o pior é depois converter os outros 9.999.999 milhões à não corrupção!

 
At 7:49 da tarde, Blogger PsiTra said...

Em relação à liberdade do dinheiro (que dava outra discussão ainda maior) vejam este site, é brutal:

http://www.adolphus.nl/sadhus

 
At 8:22 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

"Pedro" (com aspas para te distinguir do Santos):
O "atacamos" foi uma gralha, desculpa-me. Vou supor que só isso te fez mandar a espectacular boca da "elite pseudo intelectual" (uma boca não - original, lamento informar-te). Mais: vou ser naif ao ponto de ignorar o facto de tu te achares tão esperto que preciso de fazer uma tertúlia para te ganhar uma discussão. (deve ser de seres um supra sumo do yoga e do "insólito")
Agora, "com legendas" para não vires com "és emocional":
Eu sou ateu, logo acho que não há mérito ou culpa de vidas passadas (ou outra razão qualquer) que faça com que tenhamos diferenças de oportunidades (para ser vagabundo, médico, etc). Assim, defendo um regime onde todos temos igual à partida.
Como o capitalismo faz com que uma maioria (que mesmo na melhor das hipóteses seria bem mais de 51% da população) esteja em desvantagem em relação a uma minoria e que os filhos dessa maioria se tenham (sem terem podido escolher os seus pais) uma desvantagem de futuro em relação aos filhos da minoria, isso não me parece justo. Logo, sou contra. (Demasiado emocional?)
Como o regime económico comunista é o único que esbate estas diferenças, é esse aquele que eu quero.
Agora ou negas as premissas ou não esta a conclusão que tu queres. Ou no fundo queres sõ chatear?

Pedro Santos: não percebo porque é que num regime comunista não se pode ter um país sem corrupção. Não se pode argumentar que seja pela "natureza humana", porque há países com índices de corrupção baixíssimos (olha...os nórdicos!). O comunismo em si não encerra mais corrupção do que o capitalismo e o que disseste não tem argumentos que validem o capitalismo contra o comunismo (e é essa a discussão).
Cumprimentos

(sem tempo para o teu site, "Pedro", tenho que estudar)

 
At 8:40 da tarde, Blogger PsiTra said...

Não tinha ideia que se estava aqui a ganhar alguma coisa...Quando muito a perder tempo para estudar lol. Obrigado pelo elogio do yôga (não percebi o enquadramento mas ok).
O teu argumento (que te leva a preferir ditaduras para se ser "livre") é engraçado e parece-me que há uma maneira bem mais fácil de colmatar a tua angústia emocional:
- entregando todas as crianças ao Estado para que este se encarregue da sua educação (com peritos em educação, com exactamente os mesmos quartos, brinquedos, etc) e apagando os registos de filiação. Desta forma cada novo cidadão tinha exactamente a mesma chance de singrar na vida que todos os outros! Queres mais "justo" que isto?

Tento sempre que possível não fazer citações mas neste caso ninguém o põe melhor que o nosso Fernando:

"Falas de civilização...

Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!"
Alberto Caeiro

 
At 8:42 da tarde, Blogger PsiTra said...

errata: angústia existencial (mas se calhar vai dar ao mesmo...)

"Abraço" lol

 
At 8:44 da tarde, Blogger Unknown said...

Repara que eu não associei o comunismo à corrupção (não estou a falar de experiências falhadas de comunismo no mundo), mas precisamente o contrário: para a implementação do comunismo no seu verdadeiro sentido, seria necessário que não houvesse corrupção (aqui "corrupção" vale por muitas coisas, mas percebe-se) nenhuma. E não estou a tomar partido pelo capitalismo ou pelo que quer que seja.
Não me parece é que o teu exemplo seja o melhor: é natural que os níveis de corrupção desçam à medida que aumenta o nível de vida de uma população.

 
At 9:56 da tarde, Blogger Milan Satendra said...

Olá pessoal!
Ao vosso lado sou um leigo da política! Estou a gostar imenso de ler a vossa discussão, apresentando cada um bons argumentos na discussão das vossas ideias.

"É interessante lembrar que em toda a história de Cuba há uma tentativa constante dos EUA de controlar o país. Muitas lutas depois, derrotas e vitórias do povo cubano, o que vemos é o retrato de um regime que luta para resistir ao poder hegemónico dessa potência, que só espera uma oportunidade para poder impor sua ordem a mais uma nação indefesa (é inegável que frente a superioridade bélica e económica dos EUA, todas as nações se encontram incapazes de resistir a seus interesses imperialistas).
Críticas à parte não há como se negar que Fidel Castro tem seu valor e merece elogios pela sua capacidade de manter seu país livre do domínio americano,mesmo não sendo tal liberdade absoluta." - não foi escrito por mim, li noutro blog...

Apresento ainda um artigo "parcial" escrito pelo embaixador de Cuba no Brasil:
(tirem as conclusões que quiserem... mas a única coisa que me vem à cabeça é: "Deixem Cuba em Paz!")...

Não conhecia a história de Cuba. Mas SE actualmente Cuba é uma ditadura, eu tenho certeza que esse povo vai se libertar um dia. Certo? Afinal de contas, com uma história dessas, é só uma questão de tempo.

NÃO HÁ DITADURA EM CUBA
Por Jorge Lezcano Pérez 20/05/2003 às 10:06

Durante 44 anos, o povo cubano tem sofrido e enfrentado um sistemático plano de sabotagens e atentados terroristas, organizados por grupos contra-revolucionários cubanos a partir de Miami, com apoio ou tolerância da Agência Central de Inteligência (CIA) e do governo americano, e que já causaram a morte de 3.478 cubanos e mutilação em 2.099.


NÃO HÁ DITADURA EM CUBA


por Jorge Lezcano Pérez


Quem conhece minimamente a história de 130 anos de luta do povo cubano para ser plenamente livre, independente e soberano profere uma grande ofensa se afirma que Cuba é governada por uma tirania, seja se o faz sem intenções malignas, seja se ocultando atrás de obscuras intenções. Ao preço de milhares de mortos, os cubanos têm demonstrado que não são um rebanho de ovelhas, não são submissos, nem um bando de ignorantes, nem são tampouco um conglomerado humano ao qual falte valor e disposição para lutar por sua liberdade.

Durante 30 anos, lutando pela independência e pela liberdade, os cubanos enfrentaram a ditadura do império espanhol e deixaram no campo de batalha, ou em vilas bloqueadas, mais de 300 mil vidas de seus melhores filhos, que morreram em combate ou de fome e doenças. Lutando por independência e liberdade que não puderam ter depois da derrota do exército espanhol, integrado por 300 mil soldados, porque foram impedidos pelo governo americano.

Na década de 1930, o governo do tirano Gerardo Machado, apoiado pelo governo americano, assassinou e torturou milhares de cubanos que lutaram contra seu despótico regime e, pela mobilização das massas populares, conseguiram derrotá-lo. Durante toda a década de 1950, o povo de Cuba lutou incansávelmente contra a ditadura de Fulgêncio Batista, apoiada política, econômica e militarmente pelo governo americano, e conseguiu sua total e definitiva independência depois de perder 20 mil vidas.

Em 1961, os cubanos enfrentaram, e venceram em 72 horas, a invasão mercenária que, organizada, financiada e apoiada pelos Estados Unidos, desembarcou em Playa Girón para destruir o socialismo e implantar novamente o capitalismo. Durante mais de 10 anos, operários, camponeses e estudantes enfrentaram e venceram, também ao custo de muitas vidas perdidas, os bandos contra-revolucionários que os Estados Unidos organizaram, armaram e financiaram para colocar novamente à frente do governo os torturadores e assassinos da ditadura batistiana. Mais de 500 mil cubanos foram, livre e voluntariamente, a Angola, para lutar pela independência do povo irmão contra a invasão do exército do governo do apartheid. Mais de mil cubanos deram sua vida nesse gesto solidário sem precedente na História.

O povo todo vem enfrentando, de maneira exemplar, um bloqueio criminoso e uma guerra econômica, comercial e financeira imposta pela potência mais poderosa do mundo, que dura 44 anos e que já custou ao país, no mínimo, 70 bilhões de dólares.

Durante 44 anos, o povo cubano tem sofrido e enfrentado um sistemático plano de sabotagens e atentados terroristas, organizados por grupos contra-revolucionários cubanos a partir de Miami, com apoio ou tolerância da Agência Central de Inteligência (CIA) e do governo americano, e que já causaram a morte de 3.478 cubanos e mutilação em 2.099.

A Revolução Cubana, aplicando a doutrina do herói nacional da Independência, José Martí, de que "ser culto é a única maneira de ser livre", tem ensinado o povo cubano a ler e não a crer, e o converteu em um dos povos mais cultos do mundo: ao garantir o direito humano da educação gratuita para todos, os mais de 3 milhões de trabalhadores têm, como média, 9 anos de escola; um em cada 8 cidadãos tem nível técnico médio; e um em cada 15 cidadãos tem nível universitário, o que equivale a dizer que o cubano é um povo sem analfabetos e os novos programas estão dirigidos a universalizar a educação superior. Portanto, não se pode enganar o povo cubano, não se pode confundi-lo, ninguém pode convertê-lo em ovelhas, nem tampouco podem fazê-lo crer que o capitalismo é a salvação do mundo. Tampouco ninguém pode dar-lhe aulas de democracia, nem ensinar-lhe à distância o que é um governo ditatorial.

Ninguém deve ignorar que esse povo instruído é também o mesmo povo ao qual o governo entregou armas e treinou para que jamais Cuba seja governada por uma ditadura, de dentro ou de fora. Por todas essas razões, afirmar, ingenuamente ou não, que em Cuba há uma ditadura é ofender gravemente o povo cubano.

O povo vem enfrentando corajosamente um bloqueio criminoso.


JORGE LEZCANO PÉREZ é embaixador de Cuba no Brasil.


Publicado em 'O Globo' - 12/05/2003

 
At 10:56 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Claro que não há ditadura em CUba.

Claro que o Fidel não é um ditador.

Aquilo é uma sociedade perfeita e o homem é uma força salvadora.

Aqui no "ocidente" é que somos manipulados por forças diabólicas. O "Capitalismo" é uma força do mal. E nós somos despóticos. Os culpados de toda a merda que se passa neste mundo. As mortes, doenças e explorações em geral. Sim, somos nós os culpados. Aliás, para me aliviar de tanta culpa vou já fazer uma doação do pouco $$$ que tenho.

Pensei em dá-lo oa Fidel. Mas ele não gosta de $$$. E os cubanos em geral, muito á frente, também não.

 
At 11:01 da manhã, Anonymous Anónimo said...

É engraçado:

Um dos motivos que se alegavam para o castrismo era não deixar que Cuba fosse um prostibulo americano. que bonito, que digno!

Demorou um pouco. Mas foi pelas mãos do próprio Fidel que aquilo se tornou um prostibulo europeu...

Já agora: são os Cubanos que tomam a iniciativa de aliciar os turistas ao sexo e ao contrabando. É que o dólar brilha....

Viva o castrismo!Ops, o dolar!

 
At 11:04 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Uns são adeptos do Benfica. Outros do Sporting.

Uns são fanáticos católicos, outros da IURD. Outros muçulmanos.

Outros crêm no comunismo...

cad aum com as suas crenças!

 
At 7:13 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Pedro: acredites ou não, eu gosto dessa ideia dos filhos. Isso também não é original e vem n`"A Ilha" do Huxley (em que se desenha uma sociedade perfeita).
Acho que a discussão descambou e temos os dois culpa disso. Sem bocas nem ironias:
- Rebate aquilo que eu te escrevi. Ironizaste apenas com o poema e não negaste nada. Para ti tenho ou não razão naquilo que escrevo?
- Caro anónimo: dá-nos o prazer da tua assinatura sff. E explica-me isso do comunismo ser uma "crença". Não se escolhe o clube (normalmente, claro.), mas pode-se escolher e defender e até mudar de ideologias políticas. Se me provares por A + B que há um regime melhor pelo qual devemos lutar, diz-me sff. De clube nunca se muda. Foi uma comparação sem nexo (pelo menos eu não vejo nenhum).

 
At 11:02 da tarde, Blogger PsiTra said...

Manuel a mim parece-me que ainda me devias uma "rebatição" dos meus argumentos anteriores - afinal disseste que não podias por causa do teste cirurgia...No entanto posso tomar a iniciativa outra vez...
Acho que a discussão não descambou...mas corre agora o risco de o fazer pois entramos na parte das crenças pessoais e não há argumentos a favor ou contra. Tu crês num mundo em que todos têm que ser iguais do ponto de vista material (e estás disposto a sacrificar a tua liberdade e a dos outros - como se dela dispusesses - para atingir esse objectivo), eu não... Até porque é paradoxal a alta taxa de suicídio nos paises desenvolvidos e com alto nível de apoio social (como na Escandinávia, outra vez) comparada com os do 3º mundo para baixo. Parece que ser igual aos outros materialmente não é o factor decisivo para alguém andar por "cá" (se é que há algum...).
A única utopia que vejo com bons olhos é a "anarquia tecnológica", basicamente quando não tivermos de mexer 1 palha (ou seja gastar recursos que são necessários a outros) para termos o que quisermos...e é porque exclui a necessidade dos homens se entenderem todos. O homem, enquanto ego, não tende à harmonização com as opiniões dos outros (e não preciso de mais provas que esta discussão).

Milan deves compreender que se eu postar a opinião sobre Cuba do embaixador dos EUA no Brasil isso pouco nos ajudaria. Mas se te baseias na "história" de Cuba (que é escrita...por quem a conta), deves também levar em conta algumas omissõezinhas dessa nação e indefesa que só se quer defender como o aceitar de colocar misseis nucleares soviéticos em seu território e as inúmeras intervenções armadas "altruístas" noutros países, como na Bolívia onde morreu o mítico Che, sem conseguir apoio real da população, que só ligou à sua "libertação" depois de morto e porque lhe fazia lembrar...Cristo (relatos da época)! E a dualidade de critérios (não fez puto)com as invasões do Tibete pela China e do Afeganistão pela URSS, só para dar 2 exemplos. O altruísmo tem muito que se lhe diga...

Não considero que seja necessário ler muitos livros ou usar em riste este ou aquele argumento rebuscado (os dados históricos estão mais que vistos, o pessoal é que tem necessidade de andar sempre à procura de mais "factos") para se dar a sua opinião sobre isto. Não é matemática felizmente (ou infelizmente...)... Considero até mais nobre (como nas salsichas) apresentar os seus próprios pensamentos que citar os de outros; muita gente lê demais e percebe de menos! Aliás ideias "originais" não existem! Todas têm como base outras anteriores...
Fica por isso o desafio a partilhares os teus insights. Afinal está toda a gente como tu...a falar sobre coisas das quais pouco percebe!

Tó...ainda em relação a África (abaixo do Sara e acima da África do Sul e excluíndo uma série de casos positivos como Cabo Verde, Moçambique, etc) acho que a Europa se deve importar, principalmente porque é do seu interesse!
Uma política de emigração eficaz tem que combater o problema na fonte; e é um problema político-económico, os grandes lobbies do cimento têm todo o interesse em continuar a ter mão de obra ilegal ao preço da chuva enquanto os de cá continuam a mamar com a concorrência desleal; e lamento dizê-lo a esquerda radical com a sua naiveness e demagogismo faz o jogo do grande capital na construção civil (mais um paradoxo para juntar à colecção), ao ser contra a deportação dos ilegais e de medidas muito restritivas à sua entrada na Europa...e sim conheço Melilla e os outros sítios, por isso digo é importante para a Europa a nível social que o fosso não seja tão grande; pois o problema não é só económico na medida em que muitos africanos são forçados a abandonar o seu país dada a extrema miséria (e grande possibilidade de ser morto!) que as guerras civis provocam (alimentadas na Guerra Fria pelas potências e seus aliados e perpetuadas agora por mercenários, contrabandistas de armas e exploradores).

 
At 10:03 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Como o comunismo é uma crença (by anonymus):

Ele não está aí. Mas acreditamos que possa vir a estar.
Nunca ninguém o viu, mas acreditamos que ele chegará, e nos salvará...
Nunca foi experimentado(de um ponto de vista ideal só houve corrupção inspirada em)mas acreditamos que ele é melhor que os outros sistemas...

O mundo como existe (chamem-lhe capitalismo ou inferno ou outra coisa qualquer) é mau. É dominado por forças diabólicas. É injusto (seja lá o que isso for?!?!).

Partimos do ponto de vista qu eo mundo é horrivel, não damos o minimo valor ás coisas boas,e sonhamos com um mundo perfeito (perfeito sempre é melhor que paraíso).

Temos de o salvar (ACREDITAR NA NECESSIDADE DE SALVAÇÃO, E SOBRETUDO QUE SOMOS PARTE DO MOVIMENTO SALVADOR É TÃO...RELIGIOSO!)

Alguns génios (sempre é uma palavra mais bonita que místicos) desenvolveram uma toeria (melhor que: revelaram uma visão). E nós cremos que ela é a ....salvação!

Não acho que exista nada a salvar. Não há que lutar contra o "sistema" porque ele já é perfeito tal qual como existe...Com exploração, doenças, mortes e tudo...E também MUITA COISA BOA!

Repito: A nossa sociedade, o nosso sistema também tem MUITA COISA BOA!

E não tenho de ter nem difundir sentimentos de culpa por isso!

Provar?!!!!Mas já alguém provou o comunismo?!!!! Estas são as minhas crenças....Sim, não tenho vergonha da palavra.

Prefiro manter-me anonimo, pois reparo que os protagonistas da discussão tendem a ter muito mais destaque a o TEMA da mesma!

É normal pois a realidade é feita de egos...e não de anjos!

 
At 11:35 da manhã, Anonymous Anónimo said...

De clube muda-se...

De religiao ainda mais. Converte-se, como ás ideologias...

E depois, muitas vezes desconverte-se...

 
At 5:10 da tarde, Blogger Unknown said...

Vou tentar ser curto, e não me desviar do assunto central, o comunismo; isto é somente a minha opinião e não nenhum rasgo de genialidade.

Entre algumas menos importantes, há 2 coisas que não consigo realmente entender no comunismo (vou falar unicamente do comunismo como ideal, religião, ou como quiserem, e não na aplicação prática que dele tem sido feita; se cometer alguma gaffe, peço desde já desculpa, mas ainda não consegui ler o "Manifesto", por manifesta falta de iniciativa): uma é o seu sentido de justiça, e outra a sua crença extrema no "altruísmo" (ou outra coisa qualquer) da raça humana. Mas vamos por partes...

JUSTIÇA. Parece-me ser uma das principais críticas dos comunistas ao capitalismo a sua extrema injustiça. Mas eu queria debatê-la no comunismo, com uma pergunta muito simples: onde é q está a justiça de todos termos o mesmo, quando uns se esforçam muito mais que outro? Eu vou todos os dias trabalhar, e a pessoa que está ao meu lado n faz um cu, mas no fim é suposto que tudo se divida irmamente entre esforçados, calões, faltosos, bons e maus? Espero que com este argumento a conversa não resvale para uma qualquer luta de classes, porque não é isso que pretendo...não estou a falar de juízes e pedreiros, médicos e calceteiros, empresários e cozinheiros...e estou a tentar falar de forma simplista, para também não deixar dúvida no que pretendo questionar; nem falo de progresso inerente à competitividade (já sei que vou ouvir dizer "conceitos capitalistas"), ou outra coisa qualquer, porque entraríamos numa espiral sem fim...por isso, alguém que me fale só "desta" justiça.

ALTRUÍSMO. Inerente ao conceito anterior, parece-me óbvio que para o comunismo possa resultar, tem que haver um total sentido de altruísmo entre todos os indivíduos de uma população, para que todos possam aceitar condições, direitos e deveres iguais, mormente aquilo que disse à pouco. Num país onde vivemos uma guerra civil na estrada, onde não nos levantamos para se sentar um idoso, onde só não engana o estado quem não pode, onde todos têm empréstimos que não podem pagar, por um carro melhor que o do vizinho, onde numa faculdade de medicina (imagine-se) é ver quem lixa mais o próximo, ou menos a si...alguém ainda acredita?

A posta já vai longa, e fico-me por aqui...como é óbvio, isto teria muito que se lhe diga; no entanto, já está aqui tema de debate suficiente para que algum inverterado me responda!

Abraço a todos

 
At 2:54 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Manel

Duas questões rápidas, dado que não é meu objectivo ser protagonista nesta discussão:
- falas em cuidados de saúde gratuitos em Cuba. Já alguma vez viste uma imagem que fosse de um centro de saúde cubano? Livres, isto é, não aquelas que a ditadura deixa passar cá para fora. No centro de Havana, um centro de saúde é ainda mais repugnante que o Piso 02 do HSM: uma sala com uma cadeira e uma marquesa, provavelmente anteriores à ascensão de Fidel ao poleiro, e é isto. Índices de saúde? Achas que os "índices de saúde" que saem cá para fora são alguma coisa próxima da realidade? Ah, é como a Coreia do Norte e a educação...
Formação médica? Devias ter visto as médicas formadas em Cuba que eu encontrei no serviço de Medicina 1C do HSM a estagiar: mal sabiam medir uma tensão arterial... com o aparelho digital! Já arrancar tubos e butterflies aos braços dos doentes, faziam com muito mais facilidade.

- depois falaste na Nokia. Uma vez que deves ter telemóvel, abre-o e vê que país do terceiro mundo ajudaste a explorar e qual o país capitalista que ajudaste a engordar quando o compraste.

 
At 5:48 da tarde, Blogger PsiTra said...

Lol uma vez que o Manel esgotou...e é compreensível depois de tantos interlocutores, apelava à entrada em cena de outros protagonistas do mesmo bloco...

Um abraço a todos os intervenientes,

"Pedro"

 
At 7:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Para quê?

Eles repetem todos a mesma cassete: o mundo "capitalista" é diabólico, o Bush é um enviado do mal, o "comunismo" é a salvação...

 
At 11:45 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Desculpem a minha ausência, vou tentar discutir alguns pontos:
1. Cuba e a sua saúde: não vi imagens do centro de saúde, mas vi do Banco de Baptista que Fidel transformou num Hospital Central. É qualquer coisa. A amostra das duas cubanas é muito gira, mas se calhar não é representativa (não anula a tua tese mas está longe de a confirmar).
2. O meu telemóvel: quem me dera a mim ser coerente. É-me impossível. Alimento o capitalismo com tudo porque é o meio económico onde vivo. O facto de eu não ter coragem de ir viver para outro sítio não me parece ser argumento contra o comunismo. Quanto muito é contra a minha prática comunista.
3. Santos: JUSTIÇA e ALTRUÍSMO. Passa por mentalizar, por educar. Volto aquilo que já tinha escrito num comentário anterior: o facto de ser preciso lutar para que as pessoas sejam justas e altruístas faz com que essas sejam causas menos dignas? É mais "humano" termos um sistema menos justo e menos altruísta e depois termos cuidados paliativos e fazermos jantares de caridade?
Repara: dado que o comunismo não se pode impôr de um dia para o outro, que uma luta armada nunca resultaria (mesmo que resultasse os EUA invadiam isto porque íamos cá ter um ditador - coisa que o Pinochet nunca foi, claro), eu acho que a nossa luta é mesmo tentar mentalizar para a justiça e para o altruísmo. Mais: daqui a 40 anos, com o que este sistema de competição - que o "Pedro" considera necessária - vais ter tão poucos recursos que vamos acabar socialistas por sobrevivência...
Quanto ao anónimo da cassete: cassete é dizer isso e não contra argumentar. Digam-me razões para o capitalismo ser mais justo e altruísta (valores que eu parto do princípio que vocês prezam tanto como eu) que o comunismo. Aí temos discussão.
Desculpem a extensão e ao mesmo tempo a pouca profundidade em relação a cada um dos pontos.


Manel

 
At 10:43 da manhã, Anonymous Anónimo said...

"Socialistas por sobrevivência". Temos cómico!

"Fidel transformou" -> já o estou a ver, de balde e argamassa na mão, enquanto discursava 14 horas seguidas. Isso seria a justiça social, mas aposto que ele trabalhou tanto como eu nessa transformação. Ai a justiça é uma coisa tão gira quando se está em cima.

 
At 1:38 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

"Cómico". Olha, anónimo: quantos anos dás para a água não chegar para todos? Quando não chegar a ti, e espero que chegue sempre, não serás socialista?
Continuas sem conseguir dizer um argumento contra. E sem assinar.

 
At 2:59 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caro Manuel,

Achei que te deste um sinal de humildade e lucidez inesperadas ao admitir que a tua vida não é em nada comunista e que, tal como os outros vives e alimentas este sistemas, que para ti é mau. O teu ideal não ganhou, mas tu ganhas te credibilidade aos meus olhos.

E por isso acrescento algo mais a discussão: para mim a sociedade não deve ser nem mais justa nem mais altruísta. Não partilho desses valores, porque aliás nem sei o que signifique tais coisas!

O que é justo? Justo é termos de querer todos o mesmo e igual, apesar de sermos todos diferentes, com potencialidades, capacidades e desejos diferentes?

O conceito de justiça para mim não existe.

E o de igualdadde tb não. Não somos iguais. Somos diferentes e competitivos. É um facto!

A vida é assim. É luta. Luta pela sobrevivênvia, que como disseste, será cada vez mais dificil, já qu esomos cada vez mais.

Há luta, há exploração, desigualdades, etc. É a vida. é assim.

Em vez de tentar mudar o mundo para o adaptar aos meus sonhos idilicos de perfeição (seja isso lá o que for, e nem os comunistas conseguem visualizar-lo melhor que os católicos ao paraiso)eu tento simplesmente sobreviver o melhor que posso. E não é fácil. Dispenso sentimentos de culpa por ser ainda pior para outros.

Nada tenho contra os teus sonhos. Acredito que tenhas boas intenções.

Mas sabes: de boas intenções está o inferno cheio.

Desde que não me queiras impor os teus sonhos (que normalmente se tornam horrendos pesadelos) nada tenho contra que continues a sonhar.

Sweet dreams

 
At 7:22 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

´
És o anónimo que escreveu antes de mim?
A revolução não é uma coisa que se impõe só aos outros. Obviamente, tenho as minhas lutas interiores. E sei que o emu nível de vida desceria muito em comunismo.
Várias coisas: justiça para mim é nascermos com as mesmas oportunidades (óbvio que o conceito é mais abrangente...). É por essa que eu luto. Quanto ao parasitismo social:
1. existe em capitalismo e ainda é mais grave. É que em comunismo ganharíamos igual mesmo que uns fizessem mais que outros. Em capitalismo permite-se que os que fazem menos possam ganhar mais... Portanto também não é argumento a favor deste sistema.
2. Corrige-se com aquilo que já disse mil vezes: educação, educação, educação...

Se são utopias? Bastante provável. E então? É nas utopias que está a vanguarda.
Faz-me confusão a vossa falta de idealismo. O "é a vida". Não tem de ser, caralho. Não tem de ser. "É a vida" para mim, que tenho tudo e mais alguma coisa. Não "é a vida" para quem é explorado todos os dias.
E se vocês admitem que isto se passe porque lutam pela vossa sobrevivência e querem é estar do lado bom - mesmo admitindo que a maioria esteja do lado mau - dou-vos os parabéns. Ao menos assumem e não se põem com merdas a dizer que este sistema funciona. Favorece-vos e por isso querem que continue. (a mim também me favorece e claro que prefiro estar na parte boa do que na má, mas mesmo assim, quero que acabe)
Agora, meus caros, admitindo isso, se um dia há uma revolução (estejam descansados, não vai ser nos nossos dias de vida), não se admirem de levar um tiro entre os olhos.
Gostei do teu comentário, anónimo-anterior-a-este-post.

 
At 7:41 da tarde, Blogger PsiTra said...

Quem não está por nós, está contra nós...grande vanguarda!
Se o teu radicalismo é a esse ponto Manel, diz-me uma coisa: achas JUSTO que os partidos neonazis sejam proibidos e tu, que assumidamente queres mandar o sistema abaixo possas discursar livremente e afiliar-te num partido que quer fazer isso mesmo (mesmo que se digam "democráticos" na oposição)?

Tento não ter ideais...não são reais!

Pobreza é uma noção completamente subjectiva...na Idade Média até os reis mandavam a merda pela janela...e há 5000 anos no vale do Indo havia esgotos, àgua canalizada, urbanismo...

E é diferente de fome...é objectiva e não permite qualquer hipótese a quem dela padece de...viver!
Sou a favor de acabar com a fome, não com a pobreza.

 
At 8:50 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

"Quem não está por nós, está contra nós...grande vanguarda!"

Se uma pessoa concorda com os teus ideais e mesmo assim quer ser uma força de reacção... Está contra nós. Não é propriamente um desinformado ou um não - esclarecido. Se admite que sim, que é a favor de um sistema que lixa uma maioria em prol de uma minoria, só porque se inclui nessa minoria... o que é que espera se a maioria se revoltar?
Questão dos neo-nazis: não sou a favor disso, não. O que é que isso tem a ver com a questão em si? Estás à procura de coisas para dizeres: "Vês, vês! És anti-democrático!" ?!
"Tento não ter ideais...não são reais!" - gralha de português ou de teclado que suponho que queira dizer "Tento ter ideias realizáveis." - fixe para ti. Ensinaram-me a acreditar no que está correcto e entretanto vai-se lutando para o mais próximo disso. (corrige-me se assumi a frase errada)
"Pobreza é uma noção completamente subjectiva...na Idade Média até os reis mandavam a merda pela janela...e há 5000 anos no vale do Indo havia esgotos, àgua canalizada, urbanismo...
E é diferente de fome...é objectiva e não permite qualquer hipótese a quem dela padece de...viver!
Sou a favor de acabar com a fome, não com a pobreza. "

Incrível. Frase inacreditável, mesmo. Não queres acabar com a pobreza...
Portanto ou tu és uma pessoa que acha que a pobreza não é má (e aí devias começar a sair de casa) ou então és contra a igualdade. Essa questão da subjectividade da pobreza é fantástica... Desde que não passem fome, as pessoas não devem ter todas direito a casa, a estudar... Fabuloso mesmo. Continuando: Ora, se tu és contra a igualdade ou te consideras superior (vá-se lá saber porquê, mas se for o caso tens aqui uma boa oportunidade de o deixares por escrito) ou então achas que isto é uma competição e queres é estar no lado bom.
Neste último caso és uma força de reacção à igualdade. Nesse caso admiro o facto de seres um egoísta assumido. Mas repito, se um dia a maioria dos pobres se revoltar, acho que não tens legitimidade para te admirares se te derem um tiro entre os olhos.


"Sou a favor de acabar com a fome, não com a pobreza." - é a melhor frase de sempre do blog.

 
At 11:24 da tarde, Blogger PsiTra said...

Agradeço novamente os teus elogios...és muito amável. Tenho pena de gostares da arte de distorcer as palavras dos outros mas enfim, até és um gajo porreiro (até com essa história dos tiros nos olhos).
Democracia: é tão bom que até gajos como tu podem andar para aqui a dizer que a vão derrubar e não sofrer nada com isso!
Se sou "reacção" (como se houvesse aí novamente o espectro da "revolução" a crescer) contra um regime ditatorial? SIM
Se acho que a pobreza é subjectiva? Sem dúvida, até porque é paradoxal a minha família ter muito menos rendimentos que a tua e eu estar para aqui a dizer isto não? Já que gostaste tanto da frase vou repeti-la: "Sou a favor de acabar com a fome, não com a pobreza." E vou-te explicar o que ela quer dizer - no início do séc.XX quem tinha 1 carro era rico, hoje quem não tem é pobre;ditadores demagógicos como o Fidel são pobres e usufruem de luxos comparáveis com os xeiques das mil e uma noites; eu que mal ganho para pagar as contas no final do mês sou rico. Queres também que fale da Índia onde desde sempre castas mais baixas foram remetidas às piores humilhações (e pelos olhos deles e não pelos nossos tão acostumados à piedade e outras coisas), apenas por nascimento? Ou se calhar como no mesmo país há ocidentais, ricos segundo os padrões actuais, que vão para lá fazer voto de pobreza, vivendo nús e comendo de uma base de crâneo humano? Podia estar aqui a noite toda, mas basicamente o que quer dizer é que isso da pobreza é só uma coisa:pobreza de espírito daqueles que têm muito em material e não conseguem viver sem se sentirem bajulados, ou por outros como eles (pelos seus nobres ideiais) ou pelos "coitadinhos" que tão altruisticamente querem salvar (pobres selvagens, iletrados e tacanhos).
Deves ter visto também o filme Good will hunting...um gajo que vivia na merda com mais educação, inteligência e cultura que os meninos de bem das grandes universidades (caras). Ou se calhar ouvido falar do gajo que é dono da Starbucks (cabrões de uns capitalistas) que cresceu nos piores bairros de Seattle e que compra os grãos de café (por exemplo) para a sua empresa acima do preço de mercado aos agricultores pobres.
Num sistema capitalista há SEMPRE pobreza! Nem que todos vivam em mansões...há sempre mansões maiores que as outras.
Não existe essa coisa de justiça absoluta! Ninguém é igual a ninguém e as pessoas terem o mesmo em termos materiais é tão importante, em termos ABSOLUTOS, como as galinhas terem dentes.
Mas por carolice minha (de ser jovem e ingénuo e não sei o quê mais) ainda gosto de contribuir para viver num mundo onde TODOS tenham alguma hipótese de ascender ao topo da sociedade, e não se pode fazer isso se se está morto!
Para além do mais sou um EGOÍSTA ASSUMIDO! É mau para o país (e o bloco onde se insere) onde vivo existir um fosso enorme de riqueza para países mais pobres, pois isso atrai em massa os milhares que ainda têm menos que eu e piora-me a vida! Por isso, por EGOÍSMO, acho que todos os povos devem ter um mínimo de condições para se manterem nas suas nações e tentar fazê-las crescer. E isso inclui terem a barriga cheia, uma maneira de a voltar a encher e acesso à informação, que é aí que hoje em dia se fazem as fortunas e se contribui para se chegar a um desenvolvimento tecnológico que acabe com esta discussão de sistemas e traga a ausência de sistema. E nesse sentido CREIO muito mais no que se está a fazer em França com o reactor experimental de fusão nuclear (tecnologia que poderia trazer um mundo com fonte de energia virtualmente inesgotável) que o filho da puta do Fidel que explora o próprio povo e ainda diz que é para bem deles! Ao menos os filhos da puta dos ditadores de direita ainda tinham a hombridade de escarnecer daqueles que espezinhavam!

Mais uma nota sobre as revoluções: tu provavelmente és um pacifista; acho até que já te ouvi protestar contra a existência das Forças Armadas (corrige-me se me engano). Quando chegar a "altura" vais fazer a revolução...de caneta na mão...?
E já agora quais pobres é que a vão fazer? Os europeus "pobres" contra os europeus ricos?
Os africanos contra os europeus? Os africanos contra a àfrica do sul? Os mexicanos contra os EUA? Os europeus contra os EUA? Os russos contra os chineses? Os EUA contra os chineses? Os chineses contra a Índia (país que irá crescer mais nos próximos anos)?

 
At 11:57 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Bem, está visto que não sabes o que é pobreza. Vê lá se estou a distorcer os factos: escreveste assim: "no início do séc.XX quem tinha 1 carro era rico, hoje quem não tem é pobre;" Portanto, sugeres que as pessoas é que aspiram a muito. Vê este site: http://www.runic-europe.org/portuguese/uninfo/material_pedagogico/Pobreza.pdf - tens mesmo de ver porque isto está em PDF e não me apetece fazer cópias manuais. Vê a definição de pobreza, integra-o e vê as estatísticas. Vais ver que se calhar as pessoas merecem um bocadinho mais que não passar fome (isso tu és contra).
A tua referência ao gajo da Starbucks: o capitalismo permite, de facto, que alguém da classe menor ascenda a da maior. Precisa é de um conjunto de factores quase "divinos". E é uma proporção tão, tão minoritária que se torna ridícula exemplificá-la.

"Podia estar aqui a noite toda, mas basicamente o que quer dizer é que isso da pobreza é só uma coisa:pobreza de espírito daqueles que têm muito em material e não conseguem viver sem se sentirem bajulados, ou por outros como eles (pelos seus nobres ideiais) ou pelos "coitadinhos" que tão altruisticamente querem salvar (pobres selvagens, iletrados e tacanhos)." - isto era em relação ao quê? Parto do princípio que isto é para mim porque me estás a responder, mas não percebo nenhuma das insinuações. Se são para mim, sê bom rapaz e diz que são. E já agora explica-mas.

"Num sistema capitalista há SEMPRE pobreza! " - pois há. Tu é que tens um conceito de pobreza um bocadinho diferente. Lê aquele artigo. Acho que o conceito não inclui "não viver numa mansão".
"Mais uma nota sobre as revoluções: tu provavelmente és um pacifista; acho até que já te ouvi protestar contra a existência das Forças Armadas (corrige-me se me engano). Quando chegar a "altura" vais fazer a revolução...de caneta na mão...?" - Esta frase é brutal. Sim, no meu mundo não existiriam forças armadas (sim, sou idealista e utópico. E olha, porque é que escreveste em letras maiúsculas?) deve ter sido que ouviste. Tenho pena que não tenhas falado na altura comigo.
Se a pergunta é: se há revolução serei eu capaz de matar alguém? Acho que não. Seguramente que não. Mas aí estarei de "caneta na mão" - nota: se for uma revolução com a qual eu concorde. Com todo o prazer.
Quanto a quem faz essa revolução... Não sei, mas olha: em Paris aquilo deu a volta. Se calhar começa assim, mas não faço ideia. Pode ser que venha aí a tempo e vemos isso.

Agora vou-te tentar dizer-te o meu raciocínio que ainda não percebeste em relação ao comunismo: o comunismo não dá a oportunidade de enriquecer porque alguém que tenha mais faz com que alguém tenha menos. Ora, isso para mim é como roubar. É uma maneira mesmo muito indirecta, e até pode ser feito sem essa intuição, mas o resultado é esse. Se há 100 feijões e 100 pessoas, e tu queres mais do que o feijão a que tens direito e se criamos um sistema económico que permita isso, estamos a criar um sistema onde roubamos feijões. Eu não sou contra eleições nem discussão política. O meu comunismo não tem gulags. Se sou anti-democrático por não querer ninguém com dois feijões... Pois, olha, sou anti-democrático.

 
At 11:59 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

O SL Benfica Ultra sou eu. Acho que a maioria das pessoas adivinhou.

 
At 12:11 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O socialismo inclui a água chegar para todos?

Nunca foi minha intenção argumentar, só quis que me confirmasses que alimentas o regime que criticas.

Luís Liça - o inadvertidamente anónimo autor dos posts:
- "Duas questões rápidas" e - "Socialistas por sobrevivência". Temos cómico!"

Desculpa o anonimato, mas esqueci-me da porra da pass disto e não estava para fazer outro registo. Agora que já sabes que eu sou um dos anónimos, já me podes atacar pessoalmente como dantes :D

 
At 12:11 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Ah, e os comments em que aparece "luis" não sou eu, naturalmente.

Luís Liça

 
At 12:16 da manhã, Blogger Manuel Neves said...

Liça! Que saudades:)

"O socialismo inclui a água chegar para todos?"
Sim! Pelo menos aquele que eu defendo. Não sou estalinista, bla bla bla.

Se eu alimento o regime que critico? Todos os dias. Só se for para a selva e fizer lá uma comunidade. Não tenho coragem :(

 
At 1:07 da manhã, Blogger PsiTra said...

"No meu mundo é assim"..."no meu comunismo será tudo perfeito"...recuso-me a debater nestes termos porque não há argumento possível: qualquer coisa que se diga vem sempre: ah mas se fosse da maneira que eu digo (que nunca existiu nem tem maneira de se refutar - bastante cómodo isto, não admira que fiques com o ego inchado sempre que falas disto) já dava!

Em relação à pobreza acho que fui claro, não vale a pena estares para aí a dizer que é não ter uma mansão...Se queres uma definição como nesse relatório (que tem muito mérito) acrescento: todos deviam viver acima de um dado limiar de pobreza (embora as questões de definição técnica desse limiar sejam discutíveis).

Agora também te sugiro uma coisa: que dês pelo menos a mesma oportunidade ao sistema capitalista como dás ao comunista e isso implica ler mais e principalmente com uma mente um pouco mais aberta. Vais verificar que na lista dos homens mais ricos do mundo a grande maioria não começou rica! O gajo do Starbucks não é uma percentagem ridícula; aliás a terra do capitalismo foi construída com donações desses super-ricos:universidades, hospitais, etc. Ainda hoje continuam a doar milhões em causas sociais. Quantos milhões já doaste? Daqueles que trabalhaste duramente para ganhar e não dos públicos, que são fáceis de gastar?
Olha esse relatório do Kofi Annan que apontaste se calhar nem existia se não fosse um gajo chamado Ted Turner (dono da CNN), e outros, a pagar as dívidas e cobrir o orçamento das Nações Unidas (principalmente por falta de pagamento...dos EUA).
Isso deve-se a uma força que só neste século foi reconhecida nas teorias económicas chamada: empreendedorismo!
Outra estatística interessante (já que gostas tanto) é a da percentagem de famílias muito ricas que continua rica passadas duas ou três gerações...

 
At 1:21 da manhã, Blogger PsiTra said...

Mas também te louvo a honestidade (e sem gozo), raramente um comunista admite que aquilo por que luta é:utópico, repressor da liberdade e anti-democrático.
Falando a sério, subiste bastante na minha consideração; e acho até que não fossem estes detalhes concordaríamos em quase tudo o que discutíssemos...

Um abraço.

 
At 9:32 da manhã, Blogger António said...

Caro Manuel,

Eu (o outro anónimo, qu enão é o luis ( oi Luis , que tal bro?)) quero congratular-me contigo. Tu és o tipo de comuna que eu gosto. Comuna de secretária. Comuna de computador. Comuna de discussão.

Espero que os tempos dificeis tempos que se avizinham para o nosso mundo não nos ponham, mais uma vez, na situação de querer levar esses idealismos á pratica. Tu serás dos primeiros (segundos...) a dissidir, parece-me. Eu talvez fosse dos primeiros (segundos) a aderir.

É que eu tento adaptar-me e curtir o mundo. Coisa que não me é fácil. Mas tento. Para ti o mundo é mau, e tentas mudar. Se vivesses em Cuba eras dissidente por certo.

Tenho vários amigos e familiares muito queridos muito parecidos contigo. Dizem que não suportam religião. Mas, como tu, estão sempre a publicitar a bandeira da salvação...comunista. Na realidade não tem paciencia e capacidade para revoluções nenhumas (embora sonhem serem grandes lideres revolucionários "á la Fidel"). Só têm alguma frustração e canalizam-na a dizer mal do mundo. Gostam de dizer mal.Muito mal. está tudo mal. É horrivel...

Mas no fundo...é óptimo! Tão bom que nem cogitam em sair daqui.

Olha, eu não sou rico. Nem estou seguro. A qualquer momento me f### como qualquer outro.Mas sei que há muitos em condições muito mais dificeis. E muitos outros em condições melhores. E muitos que apesar de terem começado com muito menos vão realizar e ter muitos mais.

POr isso, essa coisa da igualdade de oportunidades é tanga...Para isso os EUA seriam o paraiso na terra. E claro que não o são.

Aliás, paraisos na terra existem só em forma de ideal utópico. São religiosos, politicos...dá-lhe o nome que quiseres.

Em ideal(Teoria) até o liberalismo e o capitalismo são perfeitos!Até os cristianismos e muitas outras salvações...

Mas na pratica, a vida é luta. è competição. É e sempre foi. E dá-me a oportunidade de ser profetico: sempre será!

Mas, sonhar faz parte da nossa condição, por isso...

Sweet dreams!

Até o comunismo, para se tornar real, tem de lutar por isso... Nem qu eseja "educando" os outros...(educando = doutrinando)

 
At 9:37 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Em Cuba, se tivessemos esta discussão, ja estariamos presos...

Do mal o menos, sempre prefiro Porto Rico!

 
At 4:36 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Repressor da liberdade? O que é que não percebeste das eileições livres noutro sistema económico? Sou "anti-democrático" se tu achas que vivemos em democracia. Aí faço mesmo questão de o gritar.
Gosto do facto - bastante democrático - de me impedires de sugerir um mundo que nunca existiu. Isso é lixado porque faz com que uma pessoa tenha alguns limites nas sugestões. Quanto ao "ego inchado": deves mesmo ter um complexo de inferioridade qualquer. Sou o primeiro a dar o braço a torcer se me mostrarem que estou enganado e não ando feliz por ter esta ideologia. Só me dá chatices.
(Ou se calhar achas que isto é uma discussão pessoal... Nesse caso nem sei o que te dizer. Olha, para mim não é.)
Se tu dizes que proibir aquela metáfora dos 100 feijões é porque assumes que tenho razão na cena do roubo. É porque gostas daquele "roubar". A discussão é se aquilo é ou não roubar, se é ou não legítimo, percebes?
A questão do limiar da pobreza: aquilo não me parece lá muito discutível. Há critérios e são tão baixos que são rídiculos. E muita gente a viver nesses critérios.
Mais: eu tenho sempre um trabalhão a escrever porque tento responder-vos aos posts inteiros. Rebato aquilo que discordo e digo aquilo em que estamos de acordo. "Pedro": ignoras todos os argumentos que te digo - chamas-me emocional, por exemplo - pegas em coisas isoladas que não fazem sentido (a questão do "meu mundo" era acerca de uma conversa que tive sobre as forças armadas. TAinda não me disseste se concordas com a metáfora dos feijões ou não, se o comunismo como ideal (não o que já foi (des) praticado) é ou não mais correcto que o capitalismo, ainda não disseste nada.
A discussão para ti tem sido: 1. O Manel é um bom comunista? 2. O Manel vai viver para Cuba? 3. O grupo de amigos do Manel não vem cá discutir? Quando passares estes preliminares, tenta responder às mil questões que já te coloquei, às analogias quase infantis que já tive que fazer e etc.
Luis: sim, eu sou a figura da "esquerda caviar". Um burguês que teve a felicidade de ter pais que lhe compraram livros e permitiram ter uma vida que lhes deu determinada consciência social. Não sou camponês, é verdade. Isso describiliza o meu discurso? Isso é contra argumento? Não vos percebo. Quanto aos sonhos: continuo a dizer que me faz confusão a vossa falta de idealismo. Conformados aos 20, temo-vos aos 40. Quanto à minha dissidência... Espera um bocadinho. E sentado. Olha, indo ao (pouco representativo) exemplo familiar, lá em casa ainda ninguém se vendeu.


Manel

 
At 7:11 da tarde, Blogger PsiTra said...

És democrático mas queres viver numa ditadura...eleições livres com partido único...ridículo.

Quem falou de conformismo? Queres ver que não posso gostar da Europa? Eu não tenho preço, tu é que te vendes! E o teu preço são os que queres tanto defender, aqueles por quem (dizes) vives. Se não houvesse pobreza a tua vida deixava de fazer sentido. Tenho pena...pelos pobres...

Manel: podes propôr os mundos que tu quiseres! Agora deixa-me, infantilmente, não querer viver nesse teu mundo! Quem ler estas postas todas que faça a sua própria cabeça sobre quem tem sido objectivo (nao estou aqui para ganhar nada)... Para mim quem tem que recorrer sistematicamente à fuga para o imaginário e para a irracionalidade é sinal de desespero.
Acho inacreditável é chamares-me de simplista e depois quereres reduzir uma discussão complexa a...feijões. Em vez disso prefiro falar-te de gestão do risco numa sociedade:

No Capitalismo:
O risco entende-se como os factores que não podem ser controlados, como catástrofes naturais, acidentes, etc.
O capitalismo, como sistema antigo que é, evoluiu no sentido de distribuir o risco por vários intervenientes (diminuindo assim o risco individual - pessoas ou empresas). Neste sentido existem seguros que, supostamente, cobrem os estragos. E esta é apenas a primeira linha de defesa do estado capitalista contra os ups and downs económicos. O estado procura sempre assumir o mínimo de risco, procurando parceiros que o assumam por ele, nos domínios que são estratégicos (e não só). Por exemplo, em vez de financiar uma expedição onerosa ao Klondike à procura de ouro (que provavelmente não poderia pagar), atribui licenças de exploração a indíviduos e empresas para que a paguem com o seu dinheiro (colectivamente), dando a cenoura de quem o encontrar poder ficar com ele e ficar rico. Fomenta a economia e a baixa de preço de uma commodity que se calhar estava muito cara e a prejudicar a sua moeda e ainda arrecada uns milhõezitos em impostos, sem mexer uma palha! Tudo isto à custa de indivíduos muito especiais chamados empreendedores que estão dispostos a assumir o risco pelo estado (e que a maioria das vezes devolvem parte da sua riqueza à sociedade em doações) e acabar nas ruas da amargura (para que saibas: 90% das empresas abrem falência nos primeiros 5 anos de actividade). Outra das maneiras que o estado tem de promover essa força vital para o crescimento da economia é pelo chamado capital de risco. Ou seja, dando incentivos fiscais para que pessoas que têm dinheiro (e queiram ter mais) assumam o risco de financiar uma coisa que tem 1/10 hipóteses de não perder o dinheiro que investiram. Não sei se percebes, mas daqui compreende-se como não é preciso ter dinheiro para fazer dinheiro! As grandes fortunas fizeram-se apenas com uma ideia. Queres um exemplo: O onassis. Única coisa que ele tinha era um contrato de opção de compra, ou seja o direito de adquirir alguns petroleiros por dado valor (dada pelo seu dono). Com isso chegou ao pé de alguns investidores e construiu o império que deves conhecer. O negócio do estado é o melhor de todos!
Temos que nos lembrar que o sistema capitalista se refere apenas a uma coisa: o acumular de capital com base nos chamados juros compostos. Que é uma cena brutal matematicamente: mesmo Einstein ficava espantado com as suas propriedades. E sem dúvida que é o mais adaptado a induzir o crescimento económico a nível mundial, pois embora o capital mude de mãos (hoje mais rapidamente que nunca) a sua tendência é a de crescer sempre.

Outra coisa: quando alguém tem um acidente de automóvel esse risco (para a pessoa) já estava coberto por uma seguradora. E o risco da seguradora é o de haver um nível brutal de acidentes que lhe arruine o fluxo de caixa e a leve à falência. O que para o estado pouco importa, pois a concorrência assume o mercado do falido e os impostos continuam a fluir. O que nos leva a outro ponto: a concorrência, que leva (na esmagadora maioria dos casos) a uma diminuição dos custos, uma maior exigência e racionalização da gestão (para se manter à tona) e um fomento da investigação e desenvolvimento, para além de fazer surgir essa força empreendedora, que no fundo é o que faz uma empresa ser bem sucedida e esse sucesso só quer dizer isto: economia de recursos, gestão eficiente.

No Comunismo:
Deixem-me começar pela principal crítica do profeta Marx ao capitalismo: a superprodução. Isto é uma ideia do séc.XIX com pouca aplicação aos dias de hoje. Fazia essencialmente referência ao regime agrário-industrial que levava ao chamado dumping de produtos no mercado. Hoje em dia existem leis contra isso e muito mais importante estudos de mercado que permitem, com algum risco associado claro, prever a aceitação dos produtos e para mais, a produção em geral é feita em função da procura.
Para além disso, a agricultura representa para aí 5% do comércio mundial. O que não quer dizer que não sejam protegidos. Aliás o sistema até já existe desde o Japão feudal e é chamado o mercado de futuros. Sem entrar em detalhes técnicos (que também não sou especialista!), basicamente permite aos agricultores precaverem-se contra os anos maus (para além das linhas de crédito que existem nos sectores cíclicos da economia). Agora, claro que não é 100% seguro, o único assim é o estado, o que é paradoxal pois geralmente é o sector pior gerido e mais desperdiçador.
No regime comunista o estado assume todo o risco, seja directamente com organismos próprios, seja indirectamente por empresas com participação maioritária (ou totalitária). E não existe concorrência, ou seja, se a seguradora estatal vai à falência não existe equivalente no mercado. É preciso fazer infusões extraordinárias de capital para cobrir as dívidas e renovar a empresa, o que ao fim de um tempo leva a uma certa descredibilização...
Para além do mais o estado tem planos quinquenais para a economia, ou seja as coisas têm que evoluir como está planeado, sem permitir adaptação aos imprevistos. Pior: são feitos por uma meia dúzia de "experts", muitas vezes burrocratas; ou no mínimo pouco cuidadosos pois o dinheiro "de todos" é fácil de gastar (quê? ele depois de fazer asneira é castigado e põe-se lá outro para fazer o mesmo erro que o sistema proporciona? Pois...). Compare-se isto com os milhões de cérebros no capitalismo, cada um ocupando-se de fazer o melhor de um sector ínfimo da economia...Não é de admirar que a Rússia nos anos 80, depois de uma série de trapalhadas, tenha passado de maior produtor mundial de trigo a ter que importá-lo para que muitos cidadãos não morressem à fome (!), principalmente aos EUA (ironia do caraças). E a Rússia até é um bom exemplo comparada com a China, no tempo em que era dos "bons", dos marxistas!
Nas universidades: as prioridades do desenvolvimento são definidas pelo Estado. A URSS era campeã no R&D de armamento, enquanto ao povo (para aí 80%) lhes faltava pão na mesa. Pagava o R&D (que não é nada barato) e gastava para aí metade do seu orçamento militarmente. Diga-se de passagem que a URSS estava à beira da bancarrota no final dos anos 80 (por muito que queiram culpar o gajo da mancha na tola por mandar uma maçã boa ao chão). Quanto mais os restantes países do bloco, endividados até ao pescoço em empréstimos de bancos em países capitalistas (cujo R&D é pago pelas universidades e é feito em função da procura).

Por isso digo: o comunismo NÃO é o sistema mais eficiente em termos de gestão. E isto tudo sem falar das vantagens de uma sociedade onde a iniciativa livre é o grande motor do progresso em oposição a uma sociedade apática, que faz o que lhe mandarem (e sim os grandes instruídos, os académicos, os grandes pensadores eram tão carneiros como os coitadinhos - mas salvos pela graça de Marx - dos operários, dos "trabalhadores", como se mais ninguém trabalhasse!). Não admira que a Rússia esteja como está hoje...há quase 100 anos que eram levados ao colo.

Vamos continuar nos feijões? Ou isto chega como preliminar?

 
At 8:17 da tarde, Blogger Luís said...

100 feijões, 100 pessoas.
A questão mais caricata em tentar que todos sejam iguais é que... (tcharan) todos são diferentes. Das 100 pessoas a quem desses um feijão, alguns iam comê-lo, outros iam atirá-lo ao vizinho do lado, outros iam plantá-lo, tendo então (tcharan) um feijoeiro, que lhes permitiria ter mais feijões. Oh não, alguém com visão! Há-que reprimir as pessoas com espírito empreendedor, não vá perder-se o controlo do Deus-Estado, só porque essas pessoas teriam agora feijões (leia-se poder). Oh não, e se agora essas pessoas contratassem os outros para os ajudar a plantar os feijões que colheram para fazer mais feijões, pagando-lhes, por exemplo, com feijões? Provavelmente mais do que o reles feijão que o Deus-Estado lhes daria. Oh não, um capitalista mau e terrível, que resolveu não baixar a cabeça e ser como os outros e decidiu fazer alguma coisa.

Moral da História: em vez de estares de mão estendida à espera que o Estado te dê um feijão, independentemente do que faças, porque não plantas os teus feijões?

Porque hás-de ter a mania que és livre quando o que queres é ser metido no meio da carneirada e deixar-te ser alimentado, quando podes ser dono de ti mesmo e não depender do Estado?

(contrariamente ao que possa parecer, não é directamente para ti, Manel, é apenas uma análise ao teu problema dos feijões)

 
At 8:20 da tarde, Blogger António said...

Pedro,

Não concordo com o teu ultimo comentário : A Russia passou do feudalismo directo a ser superpotencia. Em menos de 1/2 seculo!

É obra. É algo quase único na história da humanidade.

Claro que não se deveu a comunismo nenhum.

Deveu-se ao Estalinismo. A uma ditadura sanguinária que impôs sacrificios de pesadelo ao seu povo a a outros.

Depois, como todas as ditadureas "secou". Secou a criatividade e logo o desenvolvimento.

Não foi um desenvolvimento sustentavel. Muito menos "comunistas" (a não ser no facto de haver uma ditadura da nomenclatura, o que faz parte do processo)

Ainda assim foi um desenvolvimento extraordinário, que merece estudo!

Vivão os ditadores...

(deixem-se de egotites e melindres meninos birrentos...jejejejejje)

 
At 8:20 da tarde, Blogger António said...

( sim, Vivão! jejejeje)

 
At 8:22 da tarde, Blogger António said...

Só mai suma coisa:

Não se pode comparar a eficácia do "comunismo" versus o do "capitalismo" pois isso é comparar o imaginário com o real.

O qu ese pode é idealizar sistemas perfeitos.

Mas aí, em imaginação feita teoria, qualquer sistema pode ser perfeito. E é-o. Só depende do ponto de vista.

 
At 8:36 da tarde, Blogger António said...

E sobre ainda ninguem se ter vendido lá em casa...

Em minha tb não.

É que essas convições ainda não tiveram de ser REALMENTE testadas!

Ser comuna de "caviar" não é realmente um teste de convições. Quando muito és casmurro!

Aliás, agora qu eo comunismo voltou a ser uma coisa de ideais, passou outra vez a ser "puro" e "livre", até está outra vez muito mai sfácil e agradável ser comuna...

O que raio é que há de tão bom em ser idealista? É um complexo hegleiano?!? Não me temas. Não te vou obrigar a não ser comunista de caviar...

 
At 11:15 da tarde, Blogger PsiTra said...

lololol lindo luis! a melhor posta até agora...

Tó: um exemplo muito mais extraordinário é a China desde meio da década de 70(quando começaram a ver que o marx era um gajo um bocado tacanho). 10%/ano em 25 anos! Ou o gigante adormecido que é a Índia: esses gajos vão dominar isto daqui a uns anos, só os números assustam:200000 mil engenheiros/ano, 300000 não engenheiros/ano; ao contrário da China (produz na gama de baixo custo) eles produzem produtos de alta tecnologia por 10% do que nós fazemos e ainda melhores!
A ex-URSS não é um exemplo assim tão bom pois eles partiram de uma base em que não havia quase nada: basta haver um mínimo de organização para ter grandes crescimentos tipo: 1 aeroporto para 3 aeroportos: são 200% aumento em aeroportos). A partir daí é que o marx torce o rabo (lolol)

Aliás eu nem devia dizer estas cenas pois o homem, assim como outros profetas, tem o seu valor...

 
At 12:35 da manhã, Blogger Manuel Neves said...

Só o li o post do Liça (demasiado cansado para ler todos os posts).
Obrigado por dizeres que não era para mim, Liça. Obrigado mesmo -sem ironias. Discutir comunismo é diferente de discutir o comunismo que o Manel pratica / vai praticar.
Essa ideia do feijoeiro é gira. Se o dono do feijoeiro pagar aos trabalhadores (em feijões) a força de trabalho correspondente, se tiver o suficiente para pagar (em feijões?) o custo do feijoeiro e ainda ter feijões para si (os mesmos feijões que os trabalhadores...) está tudo bem. Dado que ele não ganha nada com isso, é igual o feijoeiro ser dele ou do estado (oh não! "o estado é mau patrão!"). Se ele, por ser dono do feijoeiro, começar a pagar menos feijões que a força de trabalho correspondente...está a roubar (isto vem explicadinho n`"O Capital"). Ainda bem que ele plantou o feijão.
Não vejo entraves ao desenvolvimento nisso. Acho que não tens que ganhar mais do que os outros porque tiveste uma ideia porreira. (Isto ão é assim tão simplista, como é óbvio. Mete uma discussão de mentalidades e vamos voltar ao assunto de "proíbes alguém querer ir mais além". A questão é: concordam ou não comigo que alguém dominar os feijões permite que uns tenham menos feijões e isso é injusto? Ok, fui novamente simplista. Depois volto a isto.)

Manel

 
At 11:00 da manhã, Blogger António said...

Caro Manel,

"A questão é: concordam ou não comigo que alguém dominar os feijões permite que uns tenham menos feijões e isso é injusto? Ok, fui novamente simplista. Depois volto a isto.)"

O qu epermite que alguém tenha mais feijões não é alguém dominar(xiii...palavra feia!)...é que alguns trabalham mais e melhor, e daí retiram os respectivos proveitos. E isso parece-me justo!

Se tu és mais criativo, se te esforças mais, se o que fazes trás mais proveito á sociedade e a humanidade em geral, porque não haveria de ser "justo" seres recompensado por isso?! Então um perguiçoso que não se mexe deve aproveitar-se dos que o fazem? Isso é "justo"?

E essa visão de analisar tudo pelo "ter" mais um tostão ou menos também me parece um pouco redutora. O qu ehá de tão diabólico em uns terem mais que os outros? Algun s gastariam 1000.000 em armas para se vingarem do vizinho qu elhes comeu a mulher. Outros gastariam 1000 em medicamentos para curar doentes...

Pedro,

Sim a china e a Índia tem crescimentos ainda mais fantásticos, porqu emais lentos, mais estruturados e sustentaveis. A médio prazo vão dominar o mundo.

Mas o crescimento da ex-urss é ainda o mais impressionante em velocidade -quantidade que já vi!

 
At 11:16 da manhã, Blogger PsiTra said...

Bem, já que o ppl gosta é de falar de feijões (continuo à espera que comentem a minha posta, há tantas ideias que podem pegar!) - como é que é aquela história do menino, João Feijão, que tinha um feijoeiro mágico lolol? - respondo facilmente: quem plantou o feijão assumiu risco (de não chover, de não ter dinheiro para pagar o empréstimo para adubar a terra, de morrer de fome por ter plantado o único feijão que tinha!), criou um modo de subsistência para os que comeram o seu feijão e agora verificam que precisam de mais, logo deve ser recompensado! E não é com monumentos ao seu heroísmo, nem com um lugar no reino dos céus! É com feijões suficientes para lhe dar uma caganeira dos diabos...que foi para isso que ele o fez.

 
At 11:18 da manhã, Blogger PsiTra said...

P.S: quem está a assinar com luis não é o liça...

 
At 2:29 da tarde, Blogger Luís said...

Contrariando o Pedro das aspas, o post do problema dos feijões, é do Luís Liça (eu).. Isto está a tornar-se mesmo complicado. Para simplificar, eu, Luís Liça, assinarei os comments daqui em diante com LL.

Manel, esperas que o indivíduo que investiu o feijão dele não ganhe nada com isso? Então deixa-me ver, basicamente ele só anda a dar a ganhar, e não ganha nada com isso.. Portanto, está a ser estúpido e podia ter feito como os outros e comia-o. Ao menos tinha aproveitado o feijão dele. Agora, o que tu sugeres é que ele dê o feijão dele para que os outros possam ganhar tanto como ele. Portanto, e agora pegando no que o Pedro das aspas diz, ele arrisca (é um risco porque o feijoeiro pode morrer, o solo pode esgotar, as pessoas podem nem querer feijões,... - só para continuar a metáfora) o feijão dele para nada. Enquanto podia estar do lado dos que não arriscaram os feijões deles, e vão amealhando os feijões.. Eu acho que tu próprio admites a utopia no teu modelo. Não achas que quem arrisca perder o que tem quer alguma coisa em troca desse risco?

Pensei no exemplo do Jogo. O que leva uma pessoa a apostar (leia-se arriscar) dinheiro? Além da emoção (afastando as Psicologia e as Neurofisiologia por detrás de tudo isto) é a hipótese de ganhar dinheiro! Tem um risco, que a pessoa conhece (simples cálculo de probabilidades), e tem uma probabilidade x de aumentar o que tem.

Tu não arriscas a pele quando vais ao Dragão ver um Porto-Benfica? Porque tens um retorno, o prazer que te dá assistir a um jogo do Benfica, e a hipótese de veres o Benfica ganhar. É isso que te move.

LL

 
At 8:19 da tarde, Blogger PsiTra said...

Lol eu tb já estou confuso...lol desculpa liça s t confundi. mx gostei bastante da posta, em todo o caso.

 
At 9:27 da manhã, Blogger António said...

Sim Luis,

Os sonhos idilicos nunca morreram, porque sonhar faz parte do homem.

Sonhar para criar e sobretudo , sonhar como forma de ESCAPE. Como alienação, para não encarar e aceitar a realidade como ela é...

Sobre o assunto atrás: Continuo a achar que o desenvolvimento brutal que a Russia teve em cerca de 50 anos é absolutamente extraordinário! Um caso a estudar.

Para amim tem tudo a ver, como já dissemos, com um homem, esse brutal ditador: Estaline. Os SACRIFICIOS (humanos) através dos quais conseguiu tornar um estado semi-medieval em super portencia nº 1 ...

De comunismos nada...

O que acho interessante é o facto de as ditaduras, em certos momentos e situações serem regimes mais eficazes!

De Resto não sabia que a Russia antes ditadores populistas (a dos czars (também meninos de coro!!!)já era tão promissora.

 
At 9:27 da manhã, Blogger António said...

Podiamos tentar chegar aos 100 post...

 
At 12:39 da tarde, Blogger Luís said...

Bora

 
At 5:45 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Hello outra vez.
Luíses: as minhas desculpas pela confusão.
Já não tenho paciência para andar a discutir ponto por ponto cada coisa, portanto um apanhado geral:
- LL: eu vou ao dragão arriscar a pele porque me divirto. A questão dos feijões é um bocadinho mais complicada porque estamos a falar de comer, de aproveitar recursos do único planeta que temos. Eu gostava de viver num mundo onde o pessoal ficasse contente de não ter comido o feijão, encontrado uma maneira de dar mais feijões ao pessoal todo (e isso implica continuar a ter o feijão que lhe deram ao ínicio!) e não querer engordar com feijões, fazendo com que outros não tenham direito a isso (até porque, como todos sabemos, comer muitos feijões dá maus resultados).
"Pedro" (a brincadeira das aspas retira as confusões): o que eu retiro do teu discurso é o célebre "O Estado é mau patrão". De facto, este Estado é mau patrão, a função pública não funciona (a privada, a meu ver, também não, mas adiante...), etc.
Depois há outra coisa fantástica: eu sou utópico por querer um sistema em que tudo dê para todos, o Ted Turner é um santo porque dá uma fatiazinha dos feijões dele. Já dizia o outro: "Salvo um pobre e sou um santo. Quero salvar muitos chamam-me comunista."
Eu acho que nos estamos a dispersar numa coisa: 1. Vamos discutir "utopias", ou seja - o sistema quenós gostássemos que existisse e problemas e medidas na sua aplicação? ou 2. vamos só discutir com base naquilo que já vimos?

Abraços fartos deste semestre.

By the way, já viram o des1biga?

 
At 6:49 da tarde, Blogger PsiTra said...

Porra mas tu ao menos leste aquilo que escrevi sobre a gestão de risco numa sociedade? É que tens lá argumentos para o comunismo não ter funcionado e nunca poder funcionar, de um ponto de vista económico, melhor que o capitalismo (que by the way também tem muitos sabores - existe até o anarcocapitalismo se quisermos falar em utopias).
Volto a dizer: não entendes (ou não queres) o fundamental sobre o capitalismo (e começaste toda esta discussão a dizer que as pessoas não sabiam o que era o comunismo). Acho que era no mínimo "justo" dares a mesma hipótese ao capitalismo...continuo espera de análises (sim a todos!) ao que escrevi, pois ao menos introduzi tópicos objectivos, mensuráveis, facilmente atacáveis!
Mas pronto é mais giro falar dos feijões e das vacas...

Vou só acabar com mais uma achega sobre a pobreza. Ela não existe! (vou ser crucificado, de certeza). Não é sequer um factor importante ou decisivo numa hipotética avaliação que alguém faça da sua vida. Quem não tem dinheiro é que vive focado nisso! Quem o tem joga o jogo do dinheiro pelo prazer de jogar, pois já tem mais que o suficiente para as suas necessidades materiais. Muitos até doam o seu dinheiro a igrejas e outras coisas que acham verdadeiramente importantes...O dinheiro não passa de uma ideia.
Existem no entanto extremos (e infelizmente há mesmo muitas pessoas nessa situação) em que o nível de rendimentos é tão baixo que afecta a sobrevivência a curto e longo prazo. Para mim isso devia chamar-se limiar da sobrevivência e aqui é discutível (muito) o que é o mínimo que um ser humano necessita e claro com grandes variações individuais...Neste tema, e estou a aberto a sugestões, parece-me que não ter fome é essencial...para além disso na Era da Informação, educação é também muito importante, especialmente educação sobre...dinheiro, e como usá-lo para 1)não voltar à linha de àgua da sobrevivência e 2)devolver à sociedade parte da sua riqueza, melhorando o sistema (que nunca será "perfeito").

Não penso que seja uma meta tão difícil de conseguir; para mim trata-se essencialmente de um problema político! Estive a fazer umas contas e é claro que, no mundo ocidental apenas, se a maioria das pessoas em idade activa descontasse apenas 5 euros/mês para obra social no mundo teríamos um total de 30 biliões euros/ano a mais do que os que já existem: isto são, como exemplo, 15 vezes o orçamento actual da UNICEF. O Manel vai dizer que são cuidados paliativos...talvez mas fazem funcionar melhor um sistema que é o único que combina o maior crescimento económico com o maior grau de liberdades individuais e culturais. E se querem provar o contrário, refutem a minha posta sobre risco! :P

 
At 7:38 da tarde, Anonymous Anónimo said...

"1. Vamos discutir "utopias", ou seja - o sistema quenós gostássemos que existisse e problemas e medidas na sua aplicação?

ou 2. vamos só discutir com base naquilo que já vimos?"

Como se discute sobre aquilo que não existe e nunca existiu?!

Digo: eu gostava qu eno mundo não houvesse fome, nem doenças, nem guerras, nem morte. Vamos lá discutir sobre os problemas e medidas da sua aplicação...

!!!!!????

Talvez seja realmente um problema de falta de idealismo, mas a mim parece-me absurda perca de tempo.

MAS, aos que acham que isso pode ser possivel, qu eapresentem as medidas e soluções.

E que DEMONSTREM de forma evidente qu enão é mais uma fraude com efeitos desastrosos.

É que não me está a apetecer passar um cheque em branco a um sonho.

Pedro: Para lá com as tuas "provas" sobre o capital de risco e o capitalismo e o car####! Isto não é sobre a realidade, é sobre um sonho!

 
At 9:57 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

"Pedro: Para lá com as tuas "provas" sobre o capital de risco e o capitalismo e o car####! Isto não é sobre a realidade, é sobre um sonho! "
How ironic. Essas coisas do risco são muito giras, mas é este sistema que faz com que 20% de tugas vivam abaixo do limiar da pobreza.
Mas ainda bem que estamos todos prevenidos para esse risco. É isto que queres discutir?

Achas que eu quero discutir uma cena tipo misses: "acabar com a fome no mundo...com a guerra....e um carro."?
Não, quero discutir sistemas que resolvam isso. Parece-te perda de tempo?

Abraço

 
At 10:23 da tarde, Blogger PsiTra said...

Bem, então parto do princípio que concordas com a minha análise e que o comunismo não é a solução.
Mas também confesso que não tenho muitas soluções para trazer grande parte das pessoas para acima do limiar de sobrevivência pois para mim isso é essencialmente um problema político...e daí eu não gostar de política. Gostava de ouvir as propostas de todos os intervenientes...
É por exemplo do interesse do lobby do betão que hajam milhões de ilegais a quererem entrar na Europa para poderem construir ao preço da chuva. Não querem saber se é preciso manter países em guerra civil permanente, sem hipóteses de algum desenvolvimento ou ajuda internacional sustentada, ou se promovem desemprego de operários qualificados no seu próprio país, criando graves problemas sociais, para dar um exemplo. São problemas de política, mesquinhas e secas, não um problema de sistema económico.

 
At 10:50 da tarde, Blogger António said...

Sempre houve pobres...e sempre haverá.

(aquilo que chamas limiar de probreza tb é relativo a sociedades em questão)

Sempre houve doenças, exploração, guerras e mortes. E sempre haverá.

Não tenho solução para isso. Não acredito que haja. Apenas nos podemos adaptar e tentar viver o melhor posisvel o pouco tempo que temos.

Essa é uma crença minha. E um dogma (não tenho vergonha de admitir as minhas convições). Mas não é absolutamente fechado. Estou aberto a ouvir soluções. E que as demonstrem de forma evidente antes de pedir apoio!

Se me mostrarem que podem mudar a natureza em geral, e a natureza humana em particular, e formar um sistema funcional, que funcione sem ser através do estimulo competitivo que visa a sobrevivência, e que garante a todos bem-estar, satisfação, etc...eu VOTO em vocês!

Pouco me importa se é (lhe chamam) capitalista, comunista, burguês ou anarquico!

Mas DEMONSTREM!

Eu sei que é dificil. Afinal só teriam de mudar tudo e todos (para se adaptarem aos vossos sonhos de "justiça).
Sei que é ainda mais dificil, percebendo que vocês são como os outros, e nem a vocês se conseguem mudar...

Pedro: "eu não gosto de politica". Nota-se...

E já agora: o que raio é que tem de mal gostar de politica?!!?! è algo sujo e feio?! Mais um preconceito...

(na senda dos 100...hehehehhe)

 
At 4:36 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pedro de Moura:não terás tu a puta da mania que és dono da verdade? Se não te conhecesse até era capaz de jurar que és Deus...Dei-me ao trabalho de ler a maioria dos posts e parece-me que falas, falas, falas, falas, falas, falas, e...ups...nada!!!!! Um tremendo vazio, um conformismo que me dá comichão, e uma raiva cega a disparar para tudo e todos. Tenho medo de um dia te encontrar no emprego...é que se eu quiser, sei lá, ajudar um sem abrigo ( ah, esqueci-me que para ti não há pobreza...), tu até és capaz de me chamar comunista...é que eu como criancinhas ao pequeno almoço, e tal...e desde quando é que ser comunista é querer uma ditadura?? só mesmo um toni como tu é que pensa assim...

 
At 4:46 da tarde, Anonymous Anónimo said...

ah!esqueci-me de dizer que um bom remédio para a tua diarreia mental é o velhinho cinco contra um até vomitar...

 
At 6:49 da tarde, Blogger PsiTra said...

isto vindo de alguém que nem tem tomates para assinar o que escreve...lolol é que ter opiniões é sujeitar-se à crítica e correr o risco de ser mal citado. gosto de discutir ideias, não pessoas...fica bem meu caro anónimo (ou deverei dizer tó?) :P

 
At 6:54 da tarde, Blogger PsiTra said...

tó (dividi as postas para ajudar a chegar aos 100 lol): eu não gosto de política, não tenho nada contra que tu gostes...mas que as políticas (e principalmente os políticos) que mantêm esses países manietados e com poucas chances de se libertarem são mesquinhas e com pouca visão para mim não há dúvida!

 
At 7:29 da tarde, Blogger António said...

esses anonymos não são meus...procura em outro local!!!

se te quizesse mandar para o car#### óbviamente assinava.

Vai pó cara####!

(desculpem este pequeno a parte qu enão tem nada a ver com a discussão!)

 
At 10:38 da tarde, Blogger António said...

Nunca deixo de me espantar com tanta cultura Luis!

rsrsrrs

 
At 11:33 da tarde, Anonymous Anónimo said...

"Mulher :Puta,Deusa e Consumidora- o seu verdadeiro lugar na sociedade!"...??????????????

que merda é esta????????????

 
At 4:11 da tarde, Anonymous Anónimo said...

"a teoria que o desenvolvimento e "capar" os homens e torna-los mais sensiveis....

vou ali vomitar e ja venho....." Acho que ninguém no seu perfeito juízo defende isso, mas "prontos"...não há comentários possíveis....não vale a pena ir por aí, já percebi que não dá para discutir de forma séria. Levem lá a bicicleta...
I.

 
At 5:06 da tarde, Blogger Luís said...

Manel

O Des1biga? O novo pasquim pró-esquerda da nossa Faculdade? Pago com dinheiro da AEFML? Como s n bastassem os temas tão pró-esquerda do número 10, agora saem-se com uma capa vermelha, e com iconografia política? E aqueles anúncios em que põem o Salazar ao lado do Bush? Era uma tentativa de afirmar que há alguma coisa de comum entre eles? E a frase pseudo-jocosa sobre a cadeira também está de um mau gosto terrível.

Desceram ainda mais baixo neste número.

 
At 5:51 da tarde, Blogger PsiTra said...

xlkxlkxllxlxklxklrkfjlkfhsjhfskjfkjsahfjksfhkjfhsjdhfjkshfkjsdhfjkshdfkjshdfsjdhfdjsfhskjfhksjdhfsfsfsjhfshf
(minha contribuição para chegar às 100 postas, porque de resto acho que está tudo dito...ou por dizer! :P

Um abraço a todos os interlocutores (e interlocutoras?)

"Pedro"

 
At 5:55 da tarde, Blogger PsiTra said...

Só 1 nota final para o Tó:
Tómatos, ficou só o Tó, cortaram-lhe os mates! :P

 
At 12:43 da manhã, Blogger António said...

O meu contributo para chegar-mos aos 100...sem chegar a lado nenhum!(Que era precisamente o ponto onde eu queria chegar)

Pedrinho, deixa-te de paranóias. Quando quero bostar anonimo bosto e quando quero assinar assino.

Mas para te mandar para o c###### não me escondo.

É que nos blogs agente não somos torturados e presos como em Cuba ou em Guantanamo por expressão de opiniões.

Não vale a pena que te melindres.

Não convences-te ninguém e ninguém a ti...como seria de esperar. É a vida!

Estas discussões não valem por grandes verdades ou provas serem reveladas. São apenas para eexibirmos o nosso ego. Valem pelo crédito dos intervenientes. São coisas egoicas. E o nosso é muito pequenino...

Estas discussões não valem um peido, porque nós não valemos um traque...

Incluindo TU!

 
At 12:44 da manhã, Blogger António said...

BBBRRRRRRPPPPPPPP! (som de um peido)

 
At 10:26 da manhã, Blogger PsiTra said...

Nunca quis convencer ninguém...para mim o melhor ainda foi estruturar em texto algumas ideias e só por isso já valeu a pena.
Não te melindres Tó lolol eu sei que também és um grande egoísta! Tem confiança em ti lolol

 
At 10:29 da manhã, Blogger PsiTra said...

100!!!
Agora tratem-me bem senão retiro o tópico e com ele...os vossos gatafunhos todos!!! ehehehehe não tinham pensado nisso não é?
Acho que vou criar uma taxa de royalties para vocês me pagarem mensalmente para manter a vossa escrita online :P (só mais uma maneira de fabricar feijões onde não existiam :)

 
At 7:22 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

"O Des1biga? O novo pasquim pró-esquerda da nossa Faculdade?"

1. O Des1biga não é apolítico porque isso obrigaria a que os seus membros fossem apolíticos. O Des1biga é apolítico no sentido em que a linha editorial não obriga a qualquer tendência política.
2. Mesmo que concordassem que era um "novo pasquim pró-esquerda", qual era o velho?


"Pago com dinheiro da AEFML?"
Somos um núcleo autónomo à AEFML. Somos financiados pela mesma. Depreendo do que escreveste que achas que a AEFML não nos devia financiar. Se não gostares de uma peça do TEMA (grupo de teatro da FML para quem não sabe) também te indignas com o financiamento do mesmo?
Se o teu raciocínio não é o gostar ou não gostar, mas sim o ser "pró ou contra alguma coisa" volta à citação anterior onde já te disse que o Des1biga não é pró nem contra nada.
"Como s n bastassem os temas tão pró-esquerda do número 10, agora saem-se com uma capa vermelha, e com iconografia política?"

Capa vermelha... Sim. O preto do número 10 faz mais o teu género, tudo bem. Eu - é de ser do Benfica - gostei do vermelho. A "iconografia política" vem explicada no editorial. Já agora, o Des1biga não é do Partido Socialista (para quem não se lembra, o Liça está a fazer referência - suponho eu - ao antigo símbolo do PS antes da actual rosa).
E já agora, tirando o artigo do Leonel (devidamente assinado como "Leonel" e não como "Redacção do Des1biga") há mais algum artigo político? E no número 11?

"E aqueles anúncios em que põem o Salazar ao lado do Bush? Era uma tentativa de afirmar que há alguma coisa de comum entre eles?"

A tua tendência anti-esquerda está em fase hipermaníaca, Liça. Os cartazes foram colocados ao acaso. Até reparei - (pseudo) jocosamente, admito - que está um Bush ao lado do Lenine na sala de alunos. Mas pronto, confesso que NÃO, não tínhamos qualquer tentativa de associação Bush - Salazar. Mas adorava ter pensado nisso.

"E a frase pseudo-jocosa sobre a cadeira também está de um mau gosto terrível."

Eu achei piada e já tivemos feedback positivo desse cartaz. (Não gostaste só desse?) Não te conhecia essa faceta salazarista.
Ah, ok, conhecia sim, de discussões passadas (aquela frase anti-25 de Abril e tal). Lapso meu.

"Desceram ainda mais baixo neste número."

O vermelho foi uma escolha assim tão má? Ou leste algum texto que não gostasses?

Obrigado pelas críticas construtivas, Liça.
Saudações Des1bigueiras.

("S" de saudações... "D" de Des1bigueiras.... SUPER DRAGÕES! ESTES GAJOS DO DES1BIGA SÃO DO PORTO! Vou sair disto!)

PS: Ouve lá, estava aqui a pensar, como é que tu chamas aquela ponte vermelha (cor má, má, má) que atravessa o Tejo?

 
At 10:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Rapidamente:
- a partir do momento em que a AEFML, da qual sou sócio, sustenta armas de propaganda política, tenho o direito de dar a minha opinião. Não tem nada a ver com gostar ou não gostar, há textos do Ressonância dos quais eu não gostei, mas que não defendem esta ou aquela ideologia, mas parece que vocês gostam de infiltrar a vossa propaganda em todos os meios em que têm a oportunidade de escrever (digo escrever porque não assisti àquela famosa reunião de ano... LoL)
- o velho pasquim era este blog
- os cartazes (soube hoje que apesar de tudo alguns foram censurados) não desagradaram só a mim, como está patente no desaparecimento de alguns (pessoalmente, seria incapaz de o fazer)
- faceta salazarista: não tenho. Se relacionas isso com a minha opinião sobre o 25 de Abril, devias pegar num livrinho de história. Além disso, como sabes o 25 de Abril foi mais do que um grupo de barbudos a sair à rua com cravos nas mãos a gritar Liberdade! Se ao menos soubesses o quanto os portugueses perderam com esse dia. Ah! espera, claro que tu sabes bem o que foi o PREC. Já em relação aos retornados, os "portugueses de segunda" a quem os sucessivos governos viravam a cara, enquanto deixavam que lhes fosse tirado tudo, já não deves saber. Pois não, tu deves fazer parte de uma família de portugueses de primeira, aqueles que não perderam tudo o que construíram ao longo da vida.

Que é da igualdade e da solidariedade social do pós-25 de Abril, em que faziam os portugueses viver abaixo das condições em que os emigrantes portugueses viveram nos "bidon-villes" em França nos anos 60? Bem mais justo este Capitalismo hediondo que tu abominas e sustentas simultaneamente, que aloja todo e qualquer imigrante...

 
At 10:26 da tarde, Blogger Luís said...

Deves ter percebido que era eu.

Abraço
LL

 
At 1:02 da manhã, Blogger Manuel Neves said...

Enfim... Nem sei por onde começar, portanto vamos por ordem:
"- a partir do momento em que a AEFML, da qual sou sócio, sustenta armas de propaganda política, tenho o direito de dar a minha opinião. Não tem nada a ver com gostar ou não gostar, há textos do Ressonância dos quais eu não gostei, mas que não defendem esta ou aquela ideologia, mas parece que vocês gostam de infiltrar a vossa propaganda em todos os meios em que têm a oportunidade de escrever (digo escrever porque não assisti àquela famosa reunião de ano... LoL)" - ninguém te tirou esse direito, meu caro. E já agora, não deves ter lido o texto do Leonel para o Ressonância (mas eu até desconfio que nem este Des1biga leste). Também podes não gostar do TEMA e das peças, só te estou a perguntar se achas que devemos ficar sem financiamento. Já agora, porque é que não podemos por política em tudo o que escrevemos? No momento em que escrevo este post o Prós e Contras só tem intervenientes de ideologia contrária à minha. Não vejo ninguém a refilar. O comunismo foi mesmo diabolizado...
E já agora, o que acabei de escrever não vai contra aquele paradoxo do Des1biga ser apolítico apesar de dar liberdade política aos seus membros. Portanto, acabei de contra-argumentar um "não-contra-argumento" teu. Bonito paradoxo.
"- o velho pasquim era este blog" - ah.
"- os cartazes (soube hoje que apesar de tudo alguns foram censurados) não desagradaram só a mim, como está patente no desaparecimento de alguns (pessoalmente, seria incapaz de o fazer)" - desapareceram mesmo uns? Enfim, não vejo como é que estes cartazes ofendem alguém, mas tudo bem. É que é preciso ter muuuuuuuuuita imaginação para ver "pares e jogos de acasalamento de cartazes", mas tudo bem. De qualquer modo, não respondeste a nada do post anterior. De resto - para os sem imaginação - como é que os cartazes ofendem alguém?
- " faceta salazarista: não tenho. Se relacionas isso com a minha opinião sobre o 25 de Abril, devias pegar num livrinho de história. Além disso, como sabes o 25 de Abril foi mais do que um grupo de barbudos a sair à rua com cravos nas mãos a gritar Liberdade! Se ao menos soubesses o quanto os portugueses perderam com esse dia. Ah! espera, claro que tu sabes bem o que foi o PREC. Já em relação aos retornados, os "portugueses de segunda" a quem os sucessivos governos viravam a cara, enquanto deixavam que lhes fosse tirado tudo, já não deves saber. Pois não, tu deves fazer parte de uma família de portugueses de primeira, aqueles que não perderam tudo o que construíram ao longo da vida." - ainda por cima estás cheio de azar... Os meus pais são moçambicanos. Tinham tudo e vieram sem nada. Não é por isso que abominamos Abril lá em casa. Aliás, amamos a data.
Gostei desse tom "pseudo jocoso" aos barbudos... Quem goza Abril para mim tem um anti-esquerdismo tão primário que até vê Salazar e Bush juntos como provocação...
- "Que é da igualdade e da solidariedade social do pós-25 de Abril, em que faziam os portugueses viver abaixo das condições em que os emigrantes portugueses viveram nos "bidon-villes" em França nos anos 60? Bem mais justo este Capitalismo hediondo que tu abominas e sustentas simultaneamente, que aloja todo e qualquer imigrante..." O capital é altamente justo para os emigrantres. Especialmente por criar um estado de necessidade que possibilita torná-los os "escravos modernos". E essa boca de eu contribuir para o capitalismo já te disse que não pega.

Mas pronto, Liça, foi um bom post. Não argumentaste validamente ao que te disse e voltaste a afirmar-te anti - Abril (vê lá, agora não faças como da última vez e não apagues os posts).

Abraço, Manel

(e claro que se percebia que eras tu...)

 
At 8:40 da manhã, Blogger Luís said...

- claro que li o texto do Leonel para o Ressonância. A minha opinião foi transmitida aos editores.
- não é só a questão do par de cartazes, é a ironia por detrás deles
- conseguiste fugir a falar do PREC, dizendo-me que estava com azar. Azar nenhum, eu nem te estava a atacar (contariamente ao que talvez tenhas pensado).

Também não argumentaste o que te disse. Respondeste ao que te convinha. Quanto a voltares a chamar-me anti-Abril, fascista, salazarista, monárquico, católico, anarquista, acho que a tua cabeça consegue melhor do que isso.

Abraço
Liça

 
At 10:38 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Ou seja, os pseudo comunas aproveitam o dinehiro do "sistema" que odeiam, para fazer propaganda politica contra esse próprio sistema!

Se fosse em Cuba já estavam todos presos! (Ás vezes até dava vontade...)

 
At 3:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

pseudo comunas? se fosses da fac ias perceber a tribo q esses gajos sao!!!

 
At 4:51 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Então se leste o texto do Leonel porque é que escreveste que "há textos do Ressonância (...) que não defendem esta ou aquela ideologia"? Suponho que isto tenha sido escrito pondo o Ressonância em oposição ao Des1biga.
Os cartazes pretendem ser irónicos. O que é que te chateou nos cartazes? É isso que me escapa. Tirando a colocação Bush - Salazar, que já te expliquei que é teoria de conspiração, no que é que sentes que aquilo pode atingir alguma coisa?
Que é que queres que te diga do PREC? Achas que eu acho bem a maneira como as pessoas ficaram sem nada? Não acho isso bem, mas as revoluções trazem sempre esses "danos colaterais". Sinceramente, acho que o que ganhámos com isso - a Liberdade! - é bem, bem maior do que esses mesmos "danos". Escreves: "Se ao menos soubesses o quanto os portugueses perderam com esse dia." - eu acho que o que ganhámos foi pouco (em relação ao que podíamos ganhar), mas mesmo isso foi o suficiente para ser a data mais bonita da nossa história política.

Anónimos: como elemento da "tribo", peço-vos que tenham o cavalheirismo de "nos" (sou só eu deste lado do computador, mas julgo que falo em nome da "tribo") cumprimentar e tenham a bondade de nos explicar porque é que têm vontade de nos prender (às vezes...) e porque é que fazemos tanta comichão. Cara a cara. Não tenham medo, que não mordemos nem damos tiros entre os olhos. Se essa hipótese for muito custosa, tenham ao menos a delicadeza de assinarem os vossos posts.

Cumprimentos tribais, Manel

 
At 6:41 da tarde, Anonymous Anónimo said...

No comunismo os egos nao se exaltam....

Os nomes individuais nao sao importantes...

O que conta sao as ideias!

ehhehehehehe

 
At 6:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

A minha ideia é que vocês devia ficar sem $$$. Muito simples: Em Cuba (qu etu ,Manel, defendes tanto) nao te autorizariam dizer mal do sistema, muito menos te dariam $ para isso.

Queria ver esse comunismo sem dinheiro para se exibirem...

 
At 7:41 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

?!? Então propões censura no Ressonância e não podíamos ter o Des1biga?! Olha, aí tinha que fazer como sempre fiz:chatear o pessoal um a um... Depois também me tiravas a net? Bem, a seguir também me podias prender... Enfim. Não há ponta por onde se lhe pegue.
E continuas sem assinar, enfim.
(Mas tu achas que eu defendo Cuba tal e qual como é?)

Abraços. Isto está a ficar non sense.

 
At 12:26 da manhã, Blogger Luís said...

A razão pela qual fui directamente falar com os editores do Ressonância foi essa mesma. Explicaram-me as razões que os levaram a deixar publicar aquilo na revista. Tive que as aceitar.

Além desse "dano colateral" de as pessoas terem ficado sem nada, pensa nas pessoas cujas casas foram ocupadas sem mais nem menos, na sensação de impunidade perante as leis que se alojou na cabeça do tuga e que dura até hoje, inclusivamente na destruição do panorama cultural português (extra-Lisboa e Porto). Sabias que antes dessa data tão linda havia pelo menos um cinema em cada capital de concelho? E que só agora é que está a voltar a haver? E porque movidos pelos interesses económicos, salvo raras excepções. 32 anos de atraso... Atenção! Isto é um exemplo! Sei que muitas coisas andaram para a frente (e ainda bem!), mas lembro-te que nos primeiros 10-15 anos o avanço foi mínimo. Nasceste, como eu, na década de 80, e sabes bem o que isto era quando éramos putos.

Agora, por favor, não penses que eu estou contra ti em tudo. Há, de certeza, muitas ideias que partilhamos e nem sequer sabemos.
Abraço. Liça

 
At 10:49 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Ó Manel,

Está non sense porqu egostos religiosos nao se discutem...Se é para discutir realidade é outra coisa. E já agora: esta discussão começou porque tu defendeste Cuba e o Castrismos com garra. Já te estás a renegar?!

E sim, acho bem que o nosso sistema (que tu detestas) te dê $ para que possas expressar as tuas opiniões.

 
At 3:41 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Eu não defendi o Castrismo - defendi o Marxismo. Mas sim, prefiro Castro ao capital. Agora, não concordo com Castro em tudo, como é óbvio.

Liça: não sabia isso dos cinemas, mas não me parece que seja argumento anti - Abril. Eu já percebi que tu não és pró-salazrista, estás só zangado com a maneira como as coisas correram. Mas é um processo inerente às revoluções. Para mim valeu a pena.
32 anos atrasados, não. Isto podia ter corrido mesmo muito melhor, não vamos discutir isso. Mas Abril tinha que ser, Liça. Foi acabar com o monte de merda do fascismo. Aí havia cinemas, mas não havia liberdade de expressão... Etc, etc, etc.

Abraço, Manel

(foi um post ligeirinho, admito. começo a ficar farto da discussão, admito também.)

 
At 11:11 da manhã, Blogger Luís said...

Ah, a liberdade! Queres vir um dia comigo ali à Zona do Catujal, Unhos, Bairro da Liberdade (até o nome) para veres o que "Abril" fez pelo urbanismo dos subúrbios de Lisboa? Liça

 
At 11:35 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O Manel acha que o 25 de A foi optimo pelo ganho de Liberdade. E nisso atribue méritos aos comunas...

Mas depois odeia e combate esta sociedade que classifica de "capitalista"(seguindo o santo Marx)

Mas afinal esta sociedade é frutos de comunistas ou do capitalismo?

E é boa ou má?

Para mim é boa. Não é perfeita mas é boa. E é fruto da democracia parlamentar (com o lastro de 50 anos de ditadura e 200 anos de monarquia caduca).

Os comunas em Abril só vieram lançar foguetes. A revolução foi de militares e depois o povo aderiu...

os de esquerda fizeram a festa 2 ou 3 anitos que foi uma especie de "escape de compensação" por tantos anos de prisao de direita.

Mas depois o centrão, felizmente, tomou conta.

Sim,Manel, o centrão. Esse que te dá dinheiro e liberdade para puderes dizer mal de tudo, estudar (e falatres as aulas), 3 (ou mais)refeiçoes diárias, etc.

É muito mau de facto...mas melhor não há em lado nenhum...especialmente fora deste sistema.

Zé Taberneiro!

 
At 2:27 da tarde, Blogger Manuel Neves said...

Zé Taberneiro: agrada-me a liberdade de poder dizer que os patrões são uns filhos da put@. Mas eles continuam lá. Não há contradição nenhuma.
Eu escrevi acima que isto podia ter ido muito mais longe. E também disse que não correu tudo às mil maravilhas. Agora preferir o fascismo a isto... Ainda vai um grande passo.
Já disse o que tinha a dizer sobre o "Centrão".
Abraço

 
At 9:57 da manhã, Anonymous Anónimo said...

CONCLUSÔES FINAIS DO DEBATE:

O Manel fez acha que as desigualdades do mundo são más. Injustas. Algo diabólico! Algo a irradicar. E fez um DOGMA disso. Um dogma do qual não quer nem consegue sair, nem sequer ver.

É um dogma comum a doutrinas e religiões várias...

O pior é que o homem quer que todo o mundo se mude (se encaixe) no seu sonho molhado. Ou seja, no seu dogma. Veja-se, ele podia começar a olhar o mundo de outras prespectivas, vendo o que há de bom, e festejando o mundo. Podia até fazer algo de facto, e concreto, para ajudar alguém, mas nao. Prefere ficar na faculdade a dizer mal dos patrões e a conjurar acabar com o sistema...é mais fácil. O mundo está mal e os meus sonhos alucinados estão bem!Claro...

Como foi batizado em nome do santo Marx analisa tudo pelo aspecto do $$$. É uma obcessão. Só analisa o guito...só vê dinheirinho...

O seu sonho é algo nublado, mas tem a ver com acabar com a desigualdade.

Acabar com as desigualdades de carcanhol entre todos os homens... Perdoem-me: nem sequer é um sonho cor de rosa, nem sequer bonito! É apenas um absurdo ridiculo!

As desigualdades financeiras existem como reflexo das desigualdades entre cada um. Todos somos diferentes e podemos, queremos e fazemos coisas diferentes. E isos reflecte-se também no $.

Mas para o Manel isso é algo simples: o resultado de um pacto diabólico de forças ocultas que conspiram em nome do mal...

Acabemos com as desigualdades. E já agora não só as de $$$. Acabemos com todas as desigualdades pois ser diferente é injusto e inaceitável!

Juraremos que ninguém pode ser mais bonito ou sexualmente atraente. Gera desigualdades. Isso é injusto!

Juraremos que ninguém pode ser mais forte, concentrado, criativo e produtivo. Gera desigualdades. Isso é injusto!

Juraremos que ninguém é mais inteligente que outro qualquer. Gera desigualdades. Isso é injusto!

Sim, na sociedade perfeita não existem desigualdades intlectuais que geram elites dominantes. Nem sequer elites idiologas comunas. Proponho o seguinte: no processo revolucionário eliminemos primeiro os intlectualóides do comunismo para não corrermos o risco de eles se instalarem num qualquer poltrona dominante. Depois de consumada a revolução os génios intlectualóides devem dar a sua própria vida, suicidando-se, para protegerem a revolução de si mesmos!

Proponho que esta determinação estejam entre os 5 primeiros artigos do estatutos do partido dos sonhos humidos...

P.S. Manel, não concordo contigo. Pareces-me totalmente hipócrita. Mas acredito que sejas bom rapaz. E como o nosso sistema (que eu prezo) se alimenta das diferenças, ainda bem que existes. Tu também alimentas este sistemas com as tuas (pseudo) diferenças. Ajudas a manter a biodiversidade...

Zé Taberneiro!

 
At 6:26 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Desculpem s já alguém referiu isto mas não me apeteceu ler isto tudo. tenho que dizer isto pq axo bastante piada defenderem Fidel sem nunca terem ido a Cuba. "Saúde, educação, etc..." Á BORLA!!!!!!! sabes que muitas das prostitutas que encontras na rua são raparigas que tiram cursos universitários, e nos 5 anos após terminado tem d se prostituir nas horas vagas pq o q ganham com a sua profissão vai td po estado... Este é só um dos muitos exemplos q posso dar, um conselho vão a Cuba e quero ver s mantêm a opinião (já vi muito boa gente mudar). Atenção quando digo ir a cuba é por exemplo para Havana falar com verdadeiros cubanos, não é pa se fecharem num resort de luxo.

 

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